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Som Livre reúne artistas iniciantes em novo selo
Gravadora pretende projetar trabalhos autorais com o carimbo
Som Livre Apresenta, que lançará dois discos por mês em 2008
Os cantores e compositores
cariocas Jonas Sá e Mariano
San Roman e o segundo CD
da banda gaúcha Tom Bloch
são os primeiros lançamentos
JOSÉ FLÁVIO JÚNIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Retrato de um 2007 de duas
mãos. O ano que consagrou festivais independentes pelo país
foi também o ano em que artistas do cenário alternativo começaram a sonhar em se aproximar das Organizações Globo.
O selo Som Livre Apresenta é
motivo de burburinho entre os
indies antes de seus primeiros
lançamentos chegarem às lojas
-os discos de estréia dos cantores e compositores cariocas
Jonas Sá ("Anormal") e Mariano San Roman ("Magical
Fingers") e o segundo CD da
banda gaúcha Tom Bloch ("2").
Segundo Leo Ganem, presidente da Som Livre, a idéia do
selo é projetar artistas com trabalhos autorais. "Estamos na
contramão da indústria, já que
hoje se investe pouco em artistas em começo de carreira. Mas
esses artistas se movimentam
bem. Há criatividade."
A diferença em relação a iniciativas de outras gravadoras
(como o selo Cardume, da EMI,
que bancou EPs de Thalma de
Freitas, China e outros, mas foi
abortado) é que a música produzida pelo elenco do selo deve
ser aproveitada na programação da Globo. "Não garantimos
isso por contrato, mas a intenção é encaixar fonogramas na
grade da emissora, fazer parcerias com rádios, criar uma noite
Som Livre Apresenta...", diz.
Além de ecletismo, Ganem
busca trabalhos "fortes e duradouros". "Não queremos ganhar fortunas para alguém estourar. Também não quero 50
mil artistas que nem eu conheça." Além de Jonas, Mariano e
Tom Bloch, a estréia do quarteto feminino Chicas ("Quem Vai
Comprar Nosso Barulho?"), já
lançado de forma independente, voltou às prateleiras com o
carimbo Som Livre Apresenta.
Em 2008, o selo pretende
mandar às lojas dois discos por
mês. Os de janeiro serão os débuts dos grupos Companhia
Itinerante (RJ) e Cof da Mu
(BA). Para fevereiro, está prevista a estréia do duo eletrônico
Irreversíveis, integrado pela
engenheira de som Carol Monte, irmã mais nova de Marisa
Monte. O selo espera muito
desse lançamento, mas também aposta em Tiago Iorc, 22,
cantor e guitarrista curitibano
que seria o "John Mayer brasileiro" e já tem uma canção entre as mais tocadas de "Malhação". Fecha a lista de contratados até agora a banda Voltz, de
São José dos Campos (SP).
SOM LIVRE APRESENTA
Artistas: Tom Bloch ("2"); Jonas Sá
("Anormal"); Mariano San Roman
("Magical Fingers")
Gravadora: Som Livre (todos)
Quanto: R$ 20, em média, cada um
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