São Paulo, terça-feira, 28 de dezembro de 2010 |
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CRÍTICA ÓPERA "Don Carlo" do Metropolitan alia frescor com maturidade IRINEU FRANCO PERPETUO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Teatros fechados, orquestras em férias: o cinema é a melhor opção para quem gosta de música clássica, com a exibição, em dez cidades brasileiras, da suntuosa produção do Metropolitan de Nova York da ópera "Don Carlo", de Verdi. Além de um salto no preço dos ingressos (R$ 50 no Rio e R$ 60 em São Paulo), a novidade das óperas do Met em 2010/11 é a transmissão ao vivo. "Don Carlo", contudo, constitui exceção: foi vista no mundo todo no dia 11, e só está chegando aqui agora. Baseado na peça homônima de Schiller, "Don Carlo" é um drama político ambientado na Espanha do século 16, durante o reinado de Felipe 2º. Tem orquestração sofisticada, profunda caracterização psicológica, seis papéis muito difíceis de cantar e longa duração: a sessão deve levar cinco horas. Contudo, serão horas muito bem empregadas. A produção de Nicholas Hytner ambienta a ação na época imaginada por Verdi, sem, contudo, cheirar a velharia, e a regência de Yannick Nézet-Séguin, 35, alia frescor e maturidade -não por acaso, o jovem maestro vai assumir a direção musical da Orquestra da Filadélfia, uma das principais dos EUA. O tenor Roberto Alagna se mostra o melhor intérprete do papel-título desde Plácido Domingo, em um elenco que destaca ainda o experiente Ferruccio Furlanetto (Felipe 2º) e a sólida Anna Smirnova (Eboli). Marina Poplavskaya é uma rainha Elisabete vocalmente leve, mas de caracterização intensa. DON CARLO QUANDO hoje, às 19h, exceto no Villa-Lobos Cinemark, às 18h40 ONDE nos cines Iguatemi Cinemark, Cidade Jardim Cinemark, Market Place Cinemark, Metrô Santa Cruz Cinemark, Eldorado Cinemark e Villa-Lobos Cinemark QUANTO R$ 60 CLASSIFICAÇÃO não informada AVALIAÇÃO ótimo Texto Anterior: Cee Lo Green subverte o soul com letras divertidas Próximo Texto: João Pereira Coutinho: O mundo é pequeno Índice | Comunicar Erros |
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