|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cultura do "corta e cola" se multiplica na internet
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Se fosse legal, seria divertido?" Assim Adrian Roberts,
uma das metades da dupla A
plus D (a outra é sua irmã, Deidre), resume a questão dos direitos autorais em relação ao
tema "mashup".
Subcultura que nasceu do
hype ao redor da colagem de
duas músicas distintas e que
ganhou fama em sua incipiência em 2001 (quando os
2ManyDJs popularizaram-no
com o nome de "bastard pop"
ou "bootleg"), a cena "mashup"
cresce a cada dia atraindo DJs
de diferentes países e movimentando online (e gratuitamente) centenas de músicas
criadas a partir de outras.
Um exemplo é o recém-lançado CD "The Best of Bootie
2006", que não existe fisicamente (por motivos legais) e
está disponível para download
no site da festa Bootie
(www.bootieusa.com/bestofbootie2006/), organizada por
Adrian e Deidre em San Francisco.
O CD virtual conta com colisões agressivas (Led Zeppelin e
Beastie Boys, Chemical Brothers e Velvet Underground),
sacadas de pista (Kanye West
com a versão discoteca para a
quinta sinfonia de Beethoven,
Gnarls Barkley com Supertramp) e apelo retrô (Eurhythmics com Lady Sovereign). Entre seus autores estão alguns
dos protagonistas da cena internacional do "mashup", como os franceses DJ Zebra e DJ
Moule, os suecos Divide &
Kreate, os ingleses Kleptones e
os americanos Party Ben, Earworm e os próprios A plus D.
"Começamos a Bootie em
agosto de 2003 e tínhamos que
explicar que conhecíamos o
que era "mashup'", lembra
Adrian. "Hoje, a festa cresceu e
é a maior noite de "mashup" do
mundo. Estamos nos preparando para lançar festas Bootie
em Paris, Nova York e Chicago", comemora.
Texto Anterior: Girl Talk redefine idéia de "mashup" Próximo Texto: Filme sobre Brasil violento vence em Sundance Índice
|