São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

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Cultura do "corta e cola" se multiplica na internet

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Se fosse legal, seria divertido?" Assim Adrian Roberts, uma das metades da dupla A plus D (a outra é sua irmã, Deidre), resume a questão dos direitos autorais em relação ao tema "mashup".
Subcultura que nasceu do hype ao redor da colagem de duas músicas distintas e que ganhou fama em sua incipiência em 2001 (quando os 2ManyDJs popularizaram-no com o nome de "bastard pop" ou "bootleg"), a cena "mashup" cresce a cada dia atraindo DJs de diferentes países e movimentando online (e gratuitamente) centenas de músicas criadas a partir de outras.
Um exemplo é o recém-lançado CD "The Best of Bootie 2006", que não existe fisicamente (por motivos legais) e está disponível para download no site da festa Bootie (www.bootieusa.com/bestofbootie2006/), organizada por Adrian e Deidre em San Francisco.
O CD virtual conta com colisões agressivas (Led Zeppelin e Beastie Boys, Chemical Brothers e Velvet Underground), sacadas de pista (Kanye West com a versão discoteca para a quinta sinfonia de Beethoven, Gnarls Barkley com Supertramp) e apelo retrô (Eurhythmics com Lady Sovereign). Entre seus autores estão alguns dos protagonistas da cena internacional do "mashup", como os franceses DJ Zebra e DJ Moule, os suecos Divide & Kreate, os ingleses Kleptones e os americanos Party Ben, Earworm e os próprios A plus D.
"Começamos a Bootie em agosto de 2003 e tínhamos que explicar que conhecíamos o que era "mashup'", lembra Adrian. "Hoje, a festa cresceu e é a maior noite de "mashup" do mundo. Estamos nos preparando para lançar festas Bootie em Paris, Nova York e Chicago", comemora.


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