São Paulo, terça-feira, 29 de janeiro de 2008

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Crítica

"Nosferatu" de Herzog é sombra do original

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Werner Herzog fez o certo e fez tudo o que podia: nada mais desejável do que um remake do primeiro filme de Drácula, que F.W. Murnau rodou com o título de "Nosferatu" (TC Cult, 15h35) para driblar a questão dos direitos autorais, mas ao qual, ninguém negará, imprimiu um acentuado toque germânico, com a idéia de um destino infausto primando sobre a maldição de ser morto-vivo.
Herzog era o cineasta mais indicado para conduzir um remake desses, até por ser, dos realizadores alemães modernos, aquele mais ligado ao romantismo e o que está mais apto a reencontrar, com som e com cores, a intensidade do filme original mudo.
Por fim, se Isabelle Adjani, que é uma boa atriz, parece sobretudo uma concessão ao produtor francês, não há dúvida de que o ator escolhido para fazer o trágico vampiro tinha de ser Klaus Kinski.
Tudo está perfeito, tudo está no lugar. Mas quem viu o filme de Murnau sabe que ainda é incomparável, e o de Herzog, embora notável, uma sombra.


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