|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEMÓRIA
Morre aos 78 o pesquisador de cinema Rudá de Andrade
DA REPORTAGEM LOCAL
O cineasta, escritor e pesquisador de cinema Rudá de
Andrade foi enterrado ontem à tarde, no cemitério da
Consolação, em São Paulo.
Ele morreu anteontem, em
decorrência de um problema
cardíaco, aos 78 anos, em
Bragança Paulista. Seu corpo
foi velado durante a manhã e
a tarde de ontem na Cinemateca Brasileira.
Filho do escritor modernista Oswald de Andrade
(1890-1954) e de Patrícia
Galvão, a Pagu (1910-1962),
Rudá teve um papel atuante
em diversas instituições ligadas ao cinema, desde sua volta ao país, em 1954. Antes, estudou cinema em Roma, tendo trabalhado com diretores
como Luigi Comencini
(1916-2007) e Vittorio de Sica (1902-1974).
Em 1962, fundou a Sociedade Amigos da Cinemateca.
A Cinemateca Brasileira seria uma instituição à qual estaria ligado até a sua morte,
como conselheiro. Nos anos
50, havia atuado como conservador da entidade. Também foi um dos principais
nomes do MIS (Museu da
Imagem e do Som) de São
Paulo, tendo sido seu diretor
desde a fundação, em 1970, e
ficando no cargo até 1981.
Ao mesmo tempo em que
dirigia o MIS, Rudá dava aulas de cinema da ECA-USP
(Escola de Comunicações e
Artes da Universidade de São
Paulo). Ele teve papel ativo
na criação do curso, em 1966.
Foi diretor de documentários como "Pagu" (2001, junto com Marcelo Tassara) e
"Renata" (2002).
Como escritor, Rudá ganhou em 1983 o Prêmio Jabuti por "Cela 3 -°A Grade
Agride". O livro, relançado
em 2008 pela Globo, conta a
história de sua prisão por dez
meses em 1982 na França.
Ele foi acusado por posse e
tráfico de cocaína, fato que
sempre negou.
Texto Anterior: Filme sobre astro da ópera chinesa vira febre Próximo Texto: Música: Virgínia Rosa lança disco no Sesc Pompeia Índice
|