São Paulo, sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

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TELEVISÃO

Crítica

Bresson chega à beleza sem concessões

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Ou o canal Futura recebe certos filmes de graça ou tem muita audácia. Os exemplos são muitos, mas o de hoje beira o extraordinário.
Quem mais teria a coragem, no tímido arraial da TV paga, de mostrar um filme de Robert Bresson?
Esse filme é "O Dinheiro" (23h30; 12 anos) e, na verdade, fez sucesso a seu tempo, em 1983. Mas, 26 anos depois, as pessoas parecem propensas a engolir abacaxis como o recente "Sherlock Holmes", dirigido por Guy Ritchie.
Topariam seguir as decorrências, na vida de um jovem, de receber uma nota falsa na loja em que trabalha?
E o essencial: topariam acompanhar o estilo rigoroso, sem concessões ou firulas, sem música ou falsos movimentos, de Bresson?
Quem topar ficará conhecendo (ou reencontrará) um dos mais célebres "diretores de diretores", isto é, um cineasta pouco conhecido do público, mas muito influente entre os colegas. E com um pouco de paciência descobrirá um filme de rara beleza. Sobre o mal.


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