São Paulo, segunda-feira, 29 de março de 2004 |
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TELEVISÃO
Candidato "oficial" quer ficção na Cultura
DANIEL CASTRO
Ex-secretário da Cultura do Estado de SP e candidato ao cargo de presidente da Fundação Padre Anchieta (mantenedora da TV Cultura), Marcos Mendonça admite que "tem o respaldo do governo" estadual, principal fonte de recursos da emissora.
Diz que, se for eleito, irá investir em teledramaturgia, principalmente minisséries e teleteatros, literatura e concertos.
A candidatura de Mendonça rompe com uma tradição de pelo menos 27 anos. Segundo a emissora, desde 1977 as eleições, a cada três anos, não têm disputas (sempre houve candidato único).
Mendonça, eleito conselheiro da fundação no último dia 8, irá disputar a presidência com Jorge da Cunha Lima, que está no cargo há nove anos e tenta a quarta eleição. Lima já oficializou sua candidatura. Tem a indicação de 19 dos 44 conselheiros. Para concorrer, Mendonça precisa apresentar, até 12 de abril, a indicação de pelo menos cinco conselheiros.
As eleições estão marcadas para 19 de abril, antes da posse de Mendonça no conselho (em 1º de maio). Ou seja, Mendonça não poderá votar nele mesmo.
Mendonça nega que seja o candidato do governador Geraldo Alckmin. "O governador não se intromete nos assuntos internos da televisão", diz. "Mas o governo tem seus conselheiros [os secretários da Cultura, Educação e Fazenda], que apóiam as minhas propostas", afirma.
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