|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FILMES
TV PAGA
Darth Vader começa então a nascer, por amor
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Agora que George Lucas entregou o terceiro episódio e
fechou sua série no apogeu,
"Guerra nas Estrelas" -ou "Star
Wars", conforme a designação
globalizada mais recente- já adquire um sentido pleno.
Pode-se, com mais tranqüilidade, observar os episódios iniciais.
O primeiro foi muito atacado pela
falta de originalidade e pelos personagens um tanto desnecessários. É preciso ponderar, no entanto, que esse é o episódio em
que se lança toda a saga e que ele
não podia escapar à sua natureza:
Anakin tinha que nascer e ter uma
infância. Por mais Anakin que ele
seja, não é muito emocionante.
O segundo episódio, que a Fox
exibe hoje, às 22h, já apresenta
uma evolução mais desembaraçada. Como toda a série, gira em
torno da transformação de Anakin em Darth Vader -tudo o que
é essencial virá após essa transformação. Daí parecerem um tanto
factícios certos personagens desse
segundo exemplar, por esforçados que sejam, como o Conde
Dookan.
Certas coisas já se podem verificar aqui que serão decisivas no futuro. Temos, por exemplo, a República já mostrando sua face
sombria. Ela se manifestará plenamente no terceiro episódio,
quando saberemos que o temível
Império dos episódios 4 a 6 é senão a República dos primeiros.
No segundo, o pensamento de
Lucas começa a ficar claro pelo aspecto político. Não existe divisão
clara entre tirania e República: é a
segunda que engendra a primeira
em seu ventre. A dualidade bem e
mal, tão evidente a partir do episódio 4, já não é tão clara. Ao mesmo tempo, Anakin se apaixona
por Amidala. Veremos no episódio 3 como a paixão contraria o
código jedi e por quê: ela engendra o medo, que é imobilizador.
Por amor, Anakin estará se aproximando do lado negro da Força,
que também pode se chamar
Deus ou natureza.
TV ABERTA
Caminhoneiro seqüestra mulher em "Breakdown"
Tubarões Assassinos 2
Record, 20h30.
(Shark Attack 2). África do Sul/EUA, 2001,
93 min. Direção: David Worth. Com
Thornsten Kaye. Continuação de um
filme que já era horroroso e que aqui o
trash é involuntário, o que é um
problema. Daí que, de fato, "Tubarão",
de Spielberg, ainda é o grande thriller
"realista" de ataque de animais contra os
humanos.
O Articulador
Bandeirantes, 21h30.
(People I Know). EUA, 2002, 99 min.
Direção: Daniel Algrant. Com Al Pacino,
Ryan O'Neal. Pacino é um RP, meio babá,
meio assessor de celebridades, incluindo
aí os figurões do poder. Um deles é
Launer (O'Neal), que pede ao distinto
amigo que pague a fiança de uma
modelo e a leve para bem longe, ou seja,
para o aeroporto. Mal sabe ele no que vai
se envolver. Um filme simples, sem
grandes espetacularizações e bem crítico
sobre o mundo do poder, algo raro em
Hollywood.
Breakdown - Perseguição Implacável
SBT, 22h30.
(Breakdown). EUA, 1997, 92 min.
Direção: Jonathan Mostow. Com Kurt
Russel, Kathleen Quinlan, J.T. Walsh.
Gentil caminhoneiro que se prontifica a
ajudar Russel, quando seu carro quebra
na estrada, seqüestra sua mulher. Russel
se mostrará disposto a ir até o inferno
para reavê-la. Thriller policial
quilômetros acima da média.
O Rio da Traição
Bandeirantes, 0h30.
(The River Rat). EUA, 1984, 93 min.
Direção: Thomas Rickman. Com Tommy
Lee Jones, Martha Plimpton. Billy
(Jones), acusado injustamente por
homicídio na adolescência, sai da cadeia
e volta para a casa da mãe, onde tenta
restabelecer sua vida com a filha. Não
será fácil, sobretudo porque o
entrosamento dele com a filha que
nunca conheceu é complicado. E, para
piorar, o médico corrupto que o ajudou a
sair da cana lhe cobra os pagamentos de
forma um tanto ostensiva. Filme lançado
em vídeo no Brasil como "Rato de Areia".
Frankenstein de Mary Shelley
Globo, 1h20.
(Mary Shelley's Frankenstein). EUA,
1994, 123 min. Direção: Kenneth
Branagh. Com Robert de Niro, Kenneth
Branagh, Tom Hulce. O nome Mary
Shelley entra como caução cultural (algo
que Kenneth Branagh não dispensa). No
mais, não dá para lamber as botas de
outros Frankensteins, que nem por isso
agregam o nome da autora do livro.
O Pecado do Silêncio
SBT, 1h30.
(Sins of Silence). EUA, 1995. Direção: Sam
Pillsbury. Com Lindsay Wagner, Holly
Marie Combs, Cinthia Sikes. Jovem
simplória é estuprada pelo herdeiro de
uma poderosa e milionária família numa
cidade pequena do interior dos EUA.
Ajudada por uma ex-freira que dirige o
centro de atendimento a casos de
estupros, ela terá que provar que
realmente foi violentada.
Laura
Globo, 3h25.
(Laura). EUA, 1944, 88 min. Direção: Otto
Preminger. Com Gene Tierney, Dana
Andrews, Clifton Webb, Vincent Price.
Clássico filme noir em que um detetive
(Andrews) investiga o desaparecimento
misterioso da não menos misteriosa
Laura (Tierney). À medida que
desenvolve suas investigações, tanto o
caso como a imagem de Laura, em vez de
se tornarem mais claros, tornam-se mais
obscuros. Em P&B.
Cinzas da Guerra
SBT, 3h45.
(In Country). EUA, 1989, 115 min.
Direção: Norman Jewison. Com Bruce
Willis, Emily Lloyd, Joan Allen. Ainda
rescaldos do Vietnã. Aqui, pela ótica de
uma menina (Lloyd) do Kentucky, cujo
pai morreu na guerra, quando a mãe
ainda estava grávida. Willis faz o papel
de tio da garota. Adaptação de romance
de prestígio de Bobbie Ann Mason.
(PAULO SANTOS LIMA)
Texto Anterior: Astrologia Próximo Texto: José Simão: Buemba! Hoje é a Disparada Gay! Índice
|