São Paulo, domingo, 29 de maio de 2005

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TELEVISÃO

Atração do Discovery Channel em três partes busca exemplos da tecnologia atual que refletem as criações de George Lucas

Série traça influência das invenções de "Star Wars"

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

Não será ainda desta vez que os fãs de "Star Wars" poderão abandonar as espadinhas de plástico que imitam os elegantes sabres de luz da cinessérie de George Lucas.
Nem agora, momento de estréia do episódio final, "A Vingança dos Sith", nem em um futuro distante, se depender da ciência, os sabres chegarão um dia ao mundo real. Mas muitos dos equipamentos vistos desde 1977, ano de lançamento da saga, e que pareciam impossíveis de extrapolar as telas, já estão entre nós, como mostra "Guerra nas Estrelas: A Ciência da Ficção", série em três partes que o Discovery exibe nesta quarta e nos dias 8 e 15.
A partir de entrevistas com Lucas, profissionais da Industrial Light & Magic -o estúdio de efeitos especiais do cineasta-, cientistas, engenheiros etc., o programa faz conexões, às vezes um tanto forçadas, com a tecnologia atual, em esquetes de fácil assimilação para o público, enfatizando o humor -os apresentadores são os robôs mais famosos do cinema, C-3PO (na verdade, o ator Anthony Daniels) e R2-D2.
"Esses inventores dizem ter sido inspirados por "Star Wars'; por isso, decidimos fazer o programa", diz o produtor-executivo Tomi Landis no site de "Star Wars'".
O primeiro episódio, "Inteligência Artificial", aborda o mundo dos robôs. Na saga, R2-D2 é multifuncional e sempre desempenha auxílio aos heróis de carne e osso. Entre suas habilidades, conserta defeitos em naves ou engenhocas eletrônicas, executa resgates em áreas de risco etc.
Da vida real, o programa mostra um sisudo robô educacional chamado ER1, usado por crianças em algumas escolas americanas, até o inusitado robô-cãozinho japonês Aibo, que possui uma inteligência artificial mínima -eles podem "brincar" com seus donos, reconhecer vozes e aprender comportamentos. Daí a explicar por que possuí-lo, em vez de um cão real, a série não explica...
Já C-3PO, andróide da ficção um tanto aparvalhado que é uma espécie de relações públicas, tem parentes no programa. Somos apresentados a um robô com voz e feições que tendem mais para o feminino (nisso, "Star Wars" foi mais politicamente correto), que executa funções de empregada doméstica -a materialização da personagem de "Os Jetsons".
Com aplicações um tanto mais, digamos, nobres, há uma explanação sobre os robôs de resgate (o aspecto pode decepcionar fãs de cinema; veja no quadro), usados em 1997 por equipes de busca após um terremoto em Kobe (Japão) e no pós-11 de Setembro, nos EUA (2001). Para evitar riscos em bombeiros, eles procuram sobreviventes sob escombros.
E por aí vai. O próximo episódio, "Transporte e Comunicação", analisa os veículos mais avançados de hoje (ainda distantes dos carros que voam, do imaginário de Lucas). O episódio final, que enfoca "Armamentos", discute a possibilidade de um exército de robôs-clones e comprova que ciência da ficção é projeto que não sai da prancheta.


Guerra nas Estrelas: A Ciência da Ficção
Quando:
quarta-feira, às 21h, no Discovery Channel


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