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TELEVISÃO
Atração do Discovery Channel em três partes busca exemplos da tecnologia atual que refletem as criações de George Lucas
Série traça influência das invenções de "Star Wars"
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO
Não será ainda desta vez que os
fãs de "Star Wars" poderão abandonar as espadinhas de plástico
que imitam os elegantes sabres de
luz da cinessérie de George Lucas.
Nem agora, momento de estréia
do episódio final, "A Vingança
dos Sith", nem em um futuro distante, se depender da ciência, os
sabres chegarão um dia ao mundo real. Mas muitos dos equipamentos vistos desde 1977, ano de
lançamento da saga, e que pareciam impossíveis de extrapolar as
telas, já estão entre nós, como
mostra "Guerra nas Estrelas: A
Ciência da Ficção", série em três
partes que o Discovery exibe nesta quarta e nos dias 8 e 15.
A partir de entrevistas com Lucas, profissionais da Industrial
Light & Magic -o estúdio de
efeitos especiais do cineasta-,
cientistas, engenheiros etc., o programa faz conexões, às vezes um
tanto forçadas, com a tecnologia
atual, em esquetes de fácil assimilação para o público, enfatizando
o humor -os apresentadores são
os robôs mais famosos do cinema, C-3PO (na verdade, o ator
Anthony Daniels) e R2-D2.
"Esses inventores dizem ter sido
inspirados por "Star Wars'; por isso, decidimos fazer o programa",
diz o produtor-executivo Tomi
Landis no site de "Star Wars'".
O primeiro episódio, "Inteligência Artificial", aborda o mundo dos robôs. Na saga, R2-D2 é
multifuncional e sempre desempenha auxílio aos heróis de carne
e osso. Entre suas habilidades,
conserta defeitos em naves ou engenhocas eletrônicas, executa resgates em áreas de risco etc.
Da vida real, o programa mostra
um sisudo robô educacional chamado ER1, usado por crianças em
algumas escolas americanas, até o
inusitado robô-cãozinho japonês
Aibo, que possui uma inteligência
artificial mínima -eles podem
"brincar" com seus donos, reconhecer vozes e aprender comportamentos. Daí a explicar por que
possuí-lo, em vez de um cão real,
a série não explica...
Já C-3PO, andróide da ficção
um tanto aparvalhado que é uma
espécie de relações públicas, tem
parentes no programa. Somos
apresentados a um robô com voz
e feições que tendem mais para o
feminino (nisso, "Star Wars" foi
mais politicamente correto), que
executa funções de empregada
doméstica -a materialização da
personagem de "Os Jetsons".
Com aplicações um tanto mais,
digamos, nobres, há uma explanação sobre os robôs de resgate (o
aspecto pode decepcionar fãs de
cinema; veja no quadro), usados
em 1997 por equipes de busca
após um terremoto em Kobe (Japão) e no pós-11 de Setembro, nos
EUA (2001). Para evitar riscos em
bombeiros, eles procuram sobreviventes sob escombros.
E por aí vai. O próximo episódio, "Transporte e Comunicação", analisa os veículos mais
avançados de hoje (ainda distantes dos carros que voam, do imaginário de Lucas). O episódio final, que enfoca "Armamentos",
discute a possibilidade de um
exército de robôs-clones e comprova que ciência da ficção é projeto que não sai da prancheta.
Guerra nas Estrelas: A Ciência da Ficção
Quando: quarta-feira, às 21h, no Discovery Channel
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