São Paulo, sábado, 29 de maio de 2010

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CRÍTICA
DRAMA


"Scarface" estampa a morte no rosto de Al Pacino

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Entre o primeiro "Scarface", de 1932, e o segundo, de 1983, que passa hoje (TCM, 22h, 18 anos), a diferença não é só o local (de Nova York para Flórida), o elenco e a introdução do colorido.
Há também a natureza dos negócios. Tony Camonte mexia com bebidas, Tony Montana, com drogas. A demência de Camonte, portanto, precedia sua atuação. Em Montana, ela é decorrência dos narcóticos.
A violência também é de outra natureza. Para Camonte, o carcamano, trata-se quase de uma brincadeira. Ele não tem dimensão do que significa a vida.
Já Montana, o cubano, sabe bem o que significam seus atos. Está estampado, aliás, no rosto de Al Pacino. Daí o filme ser não apenas berrante na cor, como na violência.
Montana não é um sujeito fascinado com as armas, mas sim com o uso delas e sua decorrência: poder e morte.


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