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Série deixa didatismo de lado para retratar o blues
O alemão Wim Wenders inicia a viagem do cinema pelo gênero musical
Martin Scorsese dirige episódio e produz o conjunto de sete filmes, que investem em personagens do estilo
FABRICIO VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Expor o blues em suas diversas facetas, interpretado
pelas lentes de sete diferentes diretores, é a proposta da
série produzida por Martin
Scorsese, que poderá ser
apreciada a partir de hoje.
O intuito de "Blues - Uma
Viagem Musical" não é o de
apresentar uma abordagem
cronológica do gênero nem
explicar didaticamente como
ele surgiu e se transformou.
"A ideia era fazer com que
os diretores realizassem suas
viagens, mostrassem suas
perspectivas. Cada um é um
filme distinto com uma abordagem separada", explica
Scorsese nos extras disponíveis no DVD da série.
"A Alma de um Homem",
do alemão Wim Wenders,
abre o conjunto.
O cineasta se concentrou
na história de três "bluesmen" lendários: Blind Willie
Johnson (1897-1945), Skip James (1902-1969) e J.B. Lenoir
(1929-1967).
Diante da dificuldade em
encontrar imagens de seus
personagens, o diretor optou
por utilizar atores para recriá-los. Wenders ainda recorreu a uma filmadora da
década de 20 e ao P&B, na
tentativa de melhor resgatar
o clima da época.
Além de encabeçar o projeto, Scorsese dirige o saboroso "De Volta para Casa",
que tenta explorar, por meio
de entrevistas com veteranos
como Sam Carr e Willie King
-mortos em 2009-, as raízes do gênero. Clint Eastwood fecha a série com um
resgate do piano no blues.
NA TV
"Blues - Uma Viagem
Musical
QUANDO aos sábados, às 23h30,
na Cultura; livre
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