São Paulo, sábado, 29 de maio de 2010

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Série deixa didatismo de lado para retratar o blues

O alemão Wim Wenders inicia a viagem do cinema pelo gênero musical

Martin Scorsese dirige episódio e produz o conjunto de sete filmes, que investem em personagens do estilo

FABRICIO VIEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Expor o blues em suas diversas facetas, interpretado pelas lentes de sete diferentes diretores, é a proposta da série produzida por Martin Scorsese, que poderá ser apreciada a partir de hoje.
O intuito de "Blues - Uma Viagem Musical" não é o de apresentar uma abordagem cronológica do gênero nem explicar didaticamente como ele surgiu e se transformou.
"A ideia era fazer com que os diretores realizassem suas viagens, mostrassem suas perspectivas. Cada um é um filme distinto com uma abordagem separada", explica Scorsese nos extras disponíveis no DVD da série.
"A Alma de um Homem", do alemão Wim Wenders, abre o conjunto.
O cineasta se concentrou na história de três "bluesmen" lendários: Blind Willie Johnson (1897-1945), Skip James (1902-1969) e J.B. Lenoir (1929-1967).
Diante da dificuldade em encontrar imagens de seus personagens, o diretor optou por utilizar atores para recriá-los. Wenders ainda recorreu a uma filmadora da década de 20 e ao P&B, na tentativa de melhor resgatar o clima da época.
Além de encabeçar o projeto, Scorsese dirige o saboroso "De Volta para Casa", que tenta explorar, por meio de entrevistas com veteranos como Sam Carr e Willie King -mortos em 2009-, as raízes do gênero. Clint Eastwood fecha a série com um resgate do piano no blues.


NA TV

"Blues - Uma Viagem Musical
QUANDO aos sábados, às 23h30, na Cultura; livre




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