São Paulo, sábado, 29 de julho de 2006 |
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Família ficou conhecida no Leste Europeu DA REPORTAGEM LOCAL
Eilat Negev conta que a trupe
da família Ovitz era bastante
popular na região da Romênia
onde viviam. Originais do vilarejo de Rozavlea, chegaram a
fazer apresentações internacionais, na Hungria e na então
Tchecoslováquia, antes de a
guerra estourar. "Eles ganharam um bom dinheiro, foram
os primeiros a ter um carro no
povoado, por exemplo", conta.
Os espetáculos eram um misto de comédia teatral com
show, em que tocavam vários
instrumentos e cantavam. "Recolhemos depoimentos de pessoas que os assistiram e diziam
que eram muito bons."
Após a liberação de Auschwitz, os Ovitz foram levados para a então União Soviética, onde passaram algum tempo num
campo de refugiados antes de
serem finalmente liberados.
Em 1949, decidiram ir para Israel e, na cidade de Haifa, reuniram novamente a trupe.
Na lápide de Perla, nesta cidade, está escrito: "Aqui jaz o
último membro da família dos
anões, a srta. Perla Ovitz, que
sofreu cada dia de sua vida".
Negev conta que Perla conheceu o epitáfio antes de morrer e
não concordava com ele, mas
tinha deixado o talhador escrevê-lo pois achava que essa era a
impressão que as pessoas tinham dela. "Mentira, pois era
uma pessoa risonha e alegre
que não aparentava ter passado
o que passou."
(SC) GIGANTES NO CORAÇÃO Editora: Relume Dumará Autores: Yehuda Koren e Eilat Negev Tradução: José Gradel Preço: R$ 34,90 (240 págs.) Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice |
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