|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELEVISÃO
Crítica
"Mad Max" comenta sobre homem e máquina fundidos
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quando "Mad Max" (Max
Prime, 14h30; 12 anos) foi concluído, em 1979, o cinema já
havia comentado muito sobre a
presença do automóvel. Assim,
parece óbvio que, antes de filmar seu "road movie", o diretor
George Miller tenha visto "Bullitt" (68), com Steve McQueen,
filmado a bordo de um Mustang GT 390 nas ruas de San
Francisco, ou "Corrida contra
o Destino", obra que instalou o
carro na contracultura.
Porque "Mad Max" transcende a vingança do policial rodoviário contra gangue motorizada que barbariza nas estradas australianas para comentar
sobre uma nova condição.
Com imagens secas de carros, motos, caminhões e pessoas arrebentando-se em acidentes indescritíveis, o filme
fala de homem e máquina fundidos (e confundidos), inclusive com ambos se tornando coisa única no mais crucial dos
momentos, o da morte.
Texto Anterior: O melhor do dia Próximo Texto: José Simão: Ueba! O Massa tá melhor que o Lula! Índice
|