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CRÍTICA GUERRA
Em "Agonia e Glória", de Fuller, único heroísmo é sobreviver
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A guerra, em "Agonia e
Glória" (TCM, 0h10, livre), é
vista da perspectiva de um
soldado. Ok, Oliver Stone
também fez isso, mas numa
guerra pouco gloriosa, a do
Vietnã. Aqui, estamos na Segunda Guerra, onde era fácil
distinguir o certo do errado.
Mais: Samuel Fuller, autor
do filme, é mil vezes mais
profundo que Stone.
Seu princípio de que, na
guerra, o único heroísmo é
sobreviver tornou-se um
clássico, assim como o filme.
No mais, seguimos aqui os
passos de uma companhia
na África, na Itália, no Dia D.
O final traz uma surpresa
que convém não estragar. Só
para esclarecer: Fuller é o
soldado que fuma charuto.
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