São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 2011

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CRÍTICA NOVELA

Folhetim de Aguinaldo Silva, "Fina Estampa" investe no dramalhão e carece de agilidade

ROBERTO DE OLIVEIRA
EDITOR DA REVISTA SÃOPAULO

Intrigueiro e desbocado, Aguinaldo Silva exercita o hábito de criticar personagens e novelas -dos outros, é claro. Vidraça da vez, o noveleiro precisa dar um tapa na letargia. Acompanhar sua "Fina Estampa" virou martírio.
Quem suporta a labuta de Griselda? Avessa à vaidade, "marido de aluguel", ela conserta encanamento, dá um truque na gambiarra elétrica. É mulher para toda obra.
Pereirão, como é chamada na Barra (o "Leblon" de Aguinaldo), desfila com macacão bagaceiro e jeitão de caminhoneira. É praticamente uma antiprotagonista.
Em se tratando de um folhetim de Aguinaldo, há espaço para mais dramalhão. Pereirão sofre preconceito na própria casa, bancada por ela. O filho Antenor (Caio Castro) a rejeita -sim, outro ingrato de mãe batalhadora.
Lilia Cabral segura bem a onda. Serve de "escada" para a interpretação do calouro Caio. Na outra ponta, a histriônica Tereza Cristina (Christiane Torloni) é a vilã.
Se Lilia convence, Christiane tem pela frente um terreno escorregadio: tanto pode derrapar para o clichê como trilhá-lo de salto alto. Certo é que o duelo entre essas duas atrizes promete os melhores momentos de "Fina".
Griselda, abandone logo a carapuça de Gata Borralheira. Aí, a gente pode até dar um desconto para a abertura com musiquinha chiclete.

NA TV
Fina Estampa

QUANDO hoje, às 21h10, na Globo
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO regular


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