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CRÍTICA COMÉDIA
Há algo de arcaico no "Agente 86" de Steve Carrell
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Há algo de euforizante e algo de constrangedor em ver
"Agente 86" (Cinemax,
18h05, livre). Para Steve Carrell, parece um projeto pessoal: um comediante reencontrando uma das séries cômicas mais célebres da TV.
Para o espectador mais velho, existe a sugestão de encontrar os "gadgets" que, de
certa forma, replicavam os de
James Bond, ou então o enfrentamento com a Kaos.
Para o espectador mais jovem, existe, sim, essa perspectiva de reencontro com o
clássico a que não conheceram. Ela é mais presente do
que parece (e, infelizmente,
quase sempre mal dirigida).
O que é um pouco constrangedor é o fato de que, toda modernização à parte, algo de arcaico permanece na
construção desse simpático
agente: ele era uma espécie
de bálsamo para a Guerra
Fria, e esta já era.
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