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DJs atrasam e desanimam público festeiro
DO ENVIADO AO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A madrugada de domingo da
parte carioca do Tim Festival
foi dedicada à música dançante.
Em quatro palcos, DJs e produtores revezavam-se entre estilos que iam do funk carioca ao
rock, do rap à releitura eletrônica da disco.
Mas atrasos que pareciam intermináveis quebraram o clima
festeiro do público.
Os artistas foram divididos
nos mesmos três palcos em
que, pouco antes, tocaram bandas como Killers e CirKus (grupo de Neneh Cherry). Havia
ainda um local armado ao ar livre, na área de convivência.
Funk carioca
Apenas os DJs que tocaram
no palco principal, dedicado ao
funk carioca, entraram no horário previsto.
No espaço club, o norueguês
Lindstrom só foi colocar a primeira música quando era perto
das 3h. Os rappers americanos
Spank Rock até passaram desse
horário.
Os atrasos desestimularam
parte do público, que preferiu
deixar a Marina da Glória após
o show do Killers (às 23h30).
O problema prejudicou o andamento da festa.
Lindstrom, que rejuvenesceu a disco music por meio de
beats viajantes, melódicos, tocou durante menos de uma hora, para dar lugar aos alemães
TokTok.
O electro-rap do Spank Rock,
com muita percussão, parecia
confuso, e o público não se animou. Melhor sorte teve o norte-americano Gregg Gillis, o
Girl Talk, que divertiu toda a
platéia até depois das 5h.
Em São Paulo
Girl Talk também foi a principal atração da etapa eletrônica do Tim Festival em São Paulo, na madrugada de sexta para
sábado, no clube The Week.
O DJ é uma versão ainda
mais radical do 2ManyDJs,
atração de uma edição anterior
do festival.
Girl Talk mistura, numa
mesma faixa, rock, "poperô",
rap e o que mais vier, mas em
versão ainda mais picotada.
Usa, por exemplo, apenas alguns segundos de um riff de
guitarra do Guns N'Roses, para
em seguida usar trechos de
Daft Punk e Nirvana.
A noite, no entanto, tinha
mais cara de uma balada típica
de sexta-feira do que de um
megafestival como o Tim.
(TN, BYS, TNo)
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