São Paulo, segunda-feira, 29 de outubro de 2007

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DJs atrasam e desanimam público festeiro

DO ENVIADO AO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A madrugada de domingo da parte carioca do Tim Festival foi dedicada à música dançante.
Em quatro palcos, DJs e produtores revezavam-se entre estilos que iam do funk carioca ao rock, do rap à releitura eletrônica da disco.
Mas atrasos que pareciam intermináveis quebraram o clima festeiro do público.
Os artistas foram divididos nos mesmos três palcos em que, pouco antes, tocaram bandas como Killers e CirKus (grupo de Neneh Cherry). Havia ainda um local armado ao ar livre, na área de convivência.

Funk carioca
Apenas os DJs que tocaram no palco principal, dedicado ao funk carioca, entraram no horário previsto.
No espaço club, o norueguês Lindstrom só foi colocar a primeira música quando era perto das 3h. Os rappers americanos Spank Rock até passaram desse horário.
Os atrasos desestimularam parte do público, que preferiu deixar a Marina da Glória após o show do Killers (às 23h30).
O problema prejudicou o andamento da festa.
Lindstrom, que rejuvenesceu a disco music por meio de beats viajantes, melódicos, tocou durante menos de uma hora, para dar lugar aos alemães TokTok.
O electro-rap do Spank Rock, com muita percussão, parecia confuso, e o público não se animou. Melhor sorte teve o norte-americano Gregg Gillis, o Girl Talk, que divertiu toda a platéia até depois das 5h.

Em São Paulo
Girl Talk também foi a principal atração da etapa eletrônica do Tim Festival em São Paulo, na madrugada de sexta para sábado, no clube The Week.
O DJ é uma versão ainda mais radical do 2ManyDJs, atração de uma edição anterior do festival.
Girl Talk mistura, numa mesma faixa, rock, "poperô", rap e o que mais vier, mas em versão ainda mais picotada. Usa, por exemplo, apenas alguns segundos de um riff de guitarra do Guns N'Roses, para em seguida usar trechos de Daft Punk e Nirvana.
A noite, no entanto, tinha mais cara de uma balada típica de sexta-feira do que de um megafestival como o Tim. (TN, BYS, TNo)


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