São Paulo, segunda-feira, 29 de outubro de 2007

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Crítica

Filme confirma cinema culto de Pernambuco

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Cinema, Aspirinas e Urubus" (Canal Brasil, 22h) não muda o cinema do mundo, é verdade. Mas traz isso que é tão raro no cinema brasileiro atual, que é uma boa ficção.
Lá temos um alemão que viaja pelo Nordeste, armando sua tela e passando uns filmes que lhe permitem melhor vender aspirinas. No caminho, ele topa com um habitante local que, à falta de melhor coisa a fazer, se torna seu ajudante.
Estamos na Segunda Guerra, e esses dois homens fazem do acaso um encontro, pois ali estão dois tipos físicos, duas maneiras de falar e estar no mundo, duas tradições -tudo os diferencia. Mas numa coisa eles se parecem muito: são ambos seres sem eira nem beira, num lugar perdido do mundo, onde parece que nem a guerra, por mundial que seja, vai chegar.
Há vários nomes relevantes envolvidos na realização deste filme dirigido por Marcelo Gomes, inclusive dois ótimos atores. Mas há, sobretudo, uma tradição que se confirma: Pernambuco produz um cinema culto.

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