São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2010

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Prédio anexo com goteiras será reformado com apoio do BNDES

DO RIO

O BNDES vai anunciar hoje investimentos para recuperação do prédio anexo da Biblioteca Nacional, na região portuária do Rio. Embora não tenha antecipado o valor, o banco diz que será superior a R$ 12 milhões. É um presente pelo aniversário da casa, mas também uma medida de urgência.
A biblioteca tem hoje duas caras no Rio de Janeiro.
De um lado, sua sede na Cinelândia, ao lado do Teatro Municipal. É um prédio em estilo eclético, construído em 1910, com escadarias forradas de tapete vermelho, lindas estantes de madeira e paredes decoradas com obras de Rodolfo Amoedo e Eliseu Visconti. Do outro, o anexo na região portuária, um barracão recoberto de pichações, com goteiras no teto, sem móveis e tomado de poeira e umidade.
Para lá são mandadas obras que não cabem mais no prédio principal, sobretudo os periódicos. A direção da biblioteca não permitiu fotografá-lo internamente.
Um passeio pelos quatro andares do prédio é desolador. Pilhas de jornais, guardados em caixas de papelão, estão cobertas de plástico para proteger da goteira incessante. Livros do século 19 estão empilhados de qualquer forma e recobertos de poeira.
Centenas de caixas com livros doados, sobretudo obras que foram beneficiadas pela Lei Rouanet e que deveriam ser distribuídas, permanecem intocadas e sujeitas à umidade. "Nosso orçamento é apertado. Mas com esse investimento vamos reformar tudo", diz Muniz Sodré.
(MB)


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