São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2011 |
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CRÍTICA Idealizações dos anos 50 ficam de lado em 'Touro Indomável' INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA No livro "Conversas com Scorsese", que a Mostra e a Cosac estão lançando, o diretor americano chama a atenção para o fato de "Touro Indomável" (TC Cult, 22h, 12 anos) ter impressionado (mal) o establishment pela violência das cenas de boxe. Elas não são, de fato, na maior parte do tempo, nenhum balé. Mas as lutas de boxe não se caracterizam pelo tato, embora hoje pareçam delicadas perto dos espetáculos selvagens de luta em que a TV é pródiga. Por trás disso está a ideia de que a sociedade se rege por exemplos e que ao cinema cabe dar exemplos, e não ser um espelho do mundo tal qual ele é. A trajetória de Jake La Motta é violenta fora dos ringues, sobretudo, mas também dentro deles. E a originalidade do filme consiste em deixar de lado as idealizações dos anos 1950 para representar o boxe à altura dos anos 1970, isto é, desses anos de guerras, ditaduras etc. Texto Anterior: Laertevisão Próximo Texto: Melhor do dia Índice | Comunicar Erros |
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