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Roberto Carlos é o mais caro
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO
Tente imaginar (não em termos
artísticos) quem são as "Shania
Twains" e os "Radioheads" locais.
Não é preciso muita imaginação:
basta lembrar quais são os shows
nacionais que mais costumam
atrair público por aqui: Roberto
Carlos, Sandy e Júnior, Zezé di
Camargo e Luciano. E o cachê é de
"qualidade" internacional?
Seja por medo de comparações
ou de fiscalização (muitos fazem
shows sem notas fiscais), empresários, casas de shows e gravadoras preferem não revelar quanto
seus artistas cobram por uma
apresentação. "É como revelar
seu salário", diz o empresário do
Jota Quest, Ricardo Chantily.
A reportagem da Folha teve
acesso a uma lista da Embrashow,
empresa de produção de shows e
espetáculos, com o valor dos cachês dos principais artistas brasileiros. Com 21 anos de atividades,
a empresa já prestou serviços para
casas como o Memorial da América Latina. Segundo a Embrashow, trata-se de valores atualizados e fornecidos por empresários
ou artistas.
De acordo com a empresa, os
sertanejos Zezé di Camargo e Luciano cobram um cachê de R$ 80
mil (em entrevistas recentes, a dupla divulgou o valor de R$ 75 mil).
Sem contar aqueles que combinam valores específicos, como
Chico Buarque, o artista mais caro é Roberto Carlos, que cobraria
cachê de R$ 250 mil. Em seguida,
Sandy e Júnior, que custaria R$
130 mil por show. São nas categorias sertanejo e pop romântico
que se concentram alguns dos
mais bem pagos: Bruno e Marrone e Ivete Sangalo (R$ 85 mil), Daniel (R$ 80 mil) e Leonardo (R$ 75
mil). Já os principais nomes do
pop rock, como RPM, Titãs e Jota
Quest, têm, na listagem, cachês de
R$ 45 mil. Dessa turma, Skank e
Capital Inicial são os mais bem
pagos (R$ 60 mil cada). Vale citar
ainda os casos de Lobão (R$ 13
mil) e Los Hermanos (R$ 15 mil),
que toparam tocar, praticamente
sem cachês, nos festivais de música independente Goiânia Noise
Festival e Upload.
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