São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 2002

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Roberto Carlos é o mais caro

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

Tente imaginar (não em termos artísticos) quem são as "Shania Twains" e os "Radioheads" locais. Não é preciso muita imaginação: basta lembrar quais são os shows nacionais que mais costumam atrair público por aqui: Roberto Carlos, Sandy e Júnior, Zezé di Camargo e Luciano. E o cachê é de "qualidade" internacional?
Seja por medo de comparações ou de fiscalização (muitos fazem shows sem notas fiscais), empresários, casas de shows e gravadoras preferem não revelar quanto seus artistas cobram por uma apresentação. "É como revelar seu salário", diz o empresário do Jota Quest, Ricardo Chantily.
A reportagem da Folha teve acesso a uma lista da Embrashow, empresa de produção de shows e espetáculos, com o valor dos cachês dos principais artistas brasileiros. Com 21 anos de atividades, a empresa já prestou serviços para casas como o Memorial da América Latina. Segundo a Embrashow, trata-se de valores atualizados e fornecidos por empresários ou artistas.
De acordo com a empresa, os sertanejos Zezé di Camargo e Luciano cobram um cachê de R$ 80 mil (em entrevistas recentes, a dupla divulgou o valor de R$ 75 mil). Sem contar aqueles que combinam valores específicos, como Chico Buarque, o artista mais caro é Roberto Carlos, que cobraria cachê de R$ 250 mil. Em seguida, Sandy e Júnior, que custaria R$ 130 mil por show. São nas categorias sertanejo e pop romântico que se concentram alguns dos mais bem pagos: Bruno e Marrone e Ivete Sangalo (R$ 85 mil), Daniel (R$ 80 mil) e Leonardo (R$ 75 mil). Já os principais nomes do pop rock, como RPM, Titãs e Jota Quest, têm, na listagem, cachês de R$ 45 mil. Dessa turma, Skank e Capital Inicial são os mais bem pagos (R$ 60 mil cada). Vale citar ainda os casos de Lobão (R$ 13 mil) e Los Hermanos (R$ 15 mil), que toparam tocar, praticamente sem cachês, nos festivais de música independente Goiânia Noise Festival e Upload.


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