São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2007

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Crítica

"O Pagamento Final" renega a idéia de destino

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em "O Pagamento Final" (AXN, 22h), Carlito Brigante (Al Pacino) é o gângster que, após anos de cadeia, pretende seguir longe da criminalidade.
Mas, logo na saída da prisão, ele recorrerá às armas para salvar a sua pele. E criará, de pronto, várias antipatias nessa sua idéia de renegar o passado ilícito. E, pior, ainda terá de ajudar seu amigo advogado, que é um psicopata que enfurece os mafiosos locais.
Carlito tenta, mas parece que uma força maior o puxa de volta para a lama da violência. Como se esse fosse o seu único caminho, seu destino.
Claro que é mais conveniente não assumirmos nossas responsabilidades, crermos que nossas infelicidades são culpa de algum outro ou do mundo, jamais nossa.
Mas, no fundo, somos nós, com nossas escolhas, que desenhamos nosso caminho, prescrevemos isso que chamamos de destino. E Carlito bem sabe disso, tem plena consciência de que desenhou sua própria desgraça. E é esta a sua triste dor.


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