São Paulo, domingo, 29 de novembro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Herzog relata paixão acima de tudo em "Fitzcarraldo"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que mais fascina Werner Herzog são os momentos de desrazão, em que um homem pode se entregar à paixão e deixar de lado qualquer outra consideração. É assim com "Fitzcarraldo" (TC Cult, 19h10; 12 anos), o homem disposto a tudo para construir uma ópera em plena selva. Não hesita em fazer um navio atravessar por terra uma porção da Amazônia.
Deixemos de lado até que Fitzcarraldo é vivido por Klaus Kinski, talvez o mais brilhante dos atores alucinados, para lembrar que hoje é domingo, dia de futebol, e bem podemos lembrar o drama do presidente do Palmeiras, Belluzzo.
Ele é economista respeitado, estimado por PT, PSDB, PMDB, já foi secretário, talvez ministro, cotado para ser presidente do Banco Central. Mandou tudo para o espaço para dizer as últimas de um juiz de futebol. Herzog entenderia: é assim que, afinal, somos.


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