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CRÍTICA DRAMA
"Budapeste" tem sequências que permanecem na lembrança
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A quem pertencem as palavras? Essa questão é central em "Budapeste" (TC
Premium, 1h45, 16 anos), em
que um "ghost-writer" viaja
à capital húngara.
E, para começar, a língua
que se fala no país é tão intrincada que sua tendência é
continuar desconhecida (dele, ao menos) para sempre.
Há imagens que ficam: a
estátua do escritor desconhecido (a solidez da figura em
contraste com a fragilidade
da palavra), a beleza do rio e
as mulheres que o escritor
frequenta na cidade.
Já se disse que algo há de
ridículo e/ou impertinente
nisso: a cada sequência uma
transa, num equilíbrio entre
prestígio (o romance de Chico Buarque é a origem) e sexo. Pode ser. Melhor isso do
que só prestígio.
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