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Chefe do IAC chama de "amoral"
término de contrato com a USP
Reitor pede de volta imóvel do Instituto de Arte Contemporânea
FABIO CYPRIANO
DE SÃO PAULO
O presidente do Instituto
de Arte Contemporânea, Pedro Mastrobuono, considera
"arrogante" a postura do reitor da Universidade de São
Paulo, João Grandino Rodas,
expressa ontem, por meio de
carta de sua assessoria, no
"Painel do Leitor" da Folha.
No último dia 4, por carta,
o reitor da USP comunicou
ao IAC que não renovaria o
convênio pelo qual cede parte do edifício Joaquim Nabuco, na rua Maria Antonia,
que o instituto usa como sede
e espaço expositivo.
Na carta publicada ontem,
a assessoria da USP afirmou
que, por não se tratar de rompimento de contrato, "pode a
reitoria reaver o imóvel a
qualquer tempo, ainda mais
porque entende necessário
que o espaço se destine à atividade de cultura".
O contrato termina no dia
18 de janeiro e a USP quer o
imóvel desocupado no dia
seguinte.
"Nós temos atividades em
curso, como a exposição sobre a Mira Schendel programada até o dia 27 de fevereiro
e outras duas mostras já programadas, com verba obtida
por meio da Lei de Incentivo
à Cultura. Pelo contrato, isso
deve ser respeitado", defende Mastrobuono. Essa postura está baseada numa das
cláusulas do contrato.
A reportagem da Folha
procurou a assessoria de imprensa da USP ontem, mas
não teve resposta.
Uma das razões que a USP
alega para reaver o espaço é
que precisa expor a coleção
da massa falida do Banco
Santos, que está sob sua
guarda.
"Acho isso amoral, mas
ainda espero que o reitor nos
receba para que tudo isso se
resolva de forma respeitosa",
diz Mastrobuono.
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