São Paulo, segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Chefe do IAC chama de "amoral" término de contrato com a USP

Reitor pede de volta imóvel do Instituto de Arte Contemporânea

FABIO CYPRIANO
DE SÃO PAULO

O presidente do Instituto de Arte Contemporânea, Pedro Mastrobuono, considera "arrogante" a postura do reitor da Universidade de São Paulo, João Grandino Rodas, expressa ontem, por meio de carta de sua assessoria, no "Painel do Leitor" da Folha.
No último dia 4, por carta, o reitor da USP comunicou ao IAC que não renovaria o convênio pelo qual cede parte do edifício Joaquim Nabuco, na rua Maria Antonia, que o instituto usa como sede e espaço expositivo.
Na carta publicada ontem, a assessoria da USP afirmou que, por não se tratar de rompimento de contrato, "pode a reitoria reaver o imóvel a qualquer tempo, ainda mais porque entende necessário que o espaço se destine à atividade de cultura".
O contrato termina no dia 18 de janeiro e a USP quer o imóvel desocupado no dia seguinte.
"Nós temos atividades em curso, como a exposição sobre a Mira Schendel programada até o dia 27 de fevereiro e outras duas mostras já programadas, com verba obtida por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Pelo contrato, isso deve ser respeitado", defende Mastrobuono. Essa postura está baseada numa das cláusulas do contrato.
A reportagem da Folha procurou a assessoria de imprensa da USP ontem, mas não teve resposta.
Uma das razões que a USP alega para reaver o espaço é que precisa expor a coleção da massa falida do Banco Santos, que está sob sua guarda.
"Acho isso amoral, mas ainda espero que o reitor nos receba para que tudo isso se resolva de forma respeitosa", diz Mastrobuono.


Texto Anterior: Em 2011, SP vê estrela alemã e melhor orquestra do planeta
Próximo Texto: Luiz Felipe Pondé: O filósofo Charles Harper
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.