São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

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Crítica

A aliança parece transformar o caráter do homem

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Monstruoso o homem que não assume um relacionamento a dois, nos diz o cinema.
As comédias românticas, por exemplo, só legitimam o amor verdadeiro quando acompanhado por um matrimônio. É meio assim em "Quatro Casamentos e um Funeral" (TNT, 15h), que trata como uma anomalia o solteirão convicto Hugh Grant, um apaixonado que reluta em assumir relação com Andie MacDowell.
Mas não querer esse selo de garantia faz desse sujeito tão bacana um monstro? Ora, o primata King Kong assume compromisso irrestrito com sua pequena. E a criatura de "A Revanche do Monstro" (Telecine Cult, 16h50), que arrisca a pele para ter a amada nos braços? Um monstro que aceita a aliança não é mais monstro?
Curioso é que, na hora H, essas mulheres fogem dos românticos declarados. Preferem os cafajestes, como James Bond, que até já foi apaixonado, mas hoje não assume nada além de algumas horas de beijos, carícias e afins. Mas isso é cinema, não a vida real.


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