São Paulo, quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

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Crítica

Angústia habita "A Hora do Lobo", digno de Bergman

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A vida era difícil para Ingmar Bergman, e o passado algo capaz de nos assombrar. Também por isso nem sempre é fácil ver os seus filmes, e às vezes, como em "A Hora do Lobo" (TC Cult, 23h50), podemos mesmo pensar se Bergman pensa na humanidade ou, antes de tudo, está envolvido com seus fantasmas.
No caso, temos Max von Sydow, um pintor cujo passado retorna sob a forma de alucinações (leia-se: culpa). Ele, casado com Liv Ullmann, traía a mulher com Ingrid Thulin. Esta, agora morta, reaparecerá em suas visões. Inútil dizer que a angústia habita este filme de 1968 do começo até o fim. É digno de Bergman. Se dá para ver em TV é outra história.
"Kagemusha, a Sombra de um Samurai" (TC Cult, 19h05) também perde em TV, menos pelo caráter do que pela grandiosidade da produção.
Agora, quem está atrás de leveza tem que se refugiar à tarde, quando o TCM exibe o faroeste "Bandeirantes do Norte" (às 15h45), que King Vidor fez em 1940.


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