São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 2005

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CRÍTICA

Em "À Vera" sambista vence sem golear

DA SUCURSAL DO RIO

Além de ser o mais carismático cantor de samba, Zeca Pagodinho conta com o melhor arranjador (Rildo Hora), o melhor diretor musical (Paulão), os melhores músicos e todos os compositores. Resumindo: é impossível um disco seu dar errado. O problema é que CD de Zeca é como a seleção brasileira: não basta ganhar, tem que dar espetáculo.
Há lances geniais. "Dona Esponja" é o Trio Calafrio em um de seus momentos mais divertidos. "Quem É Ela?" (Zeca/ Dudu Nobre) tem um refrão de levantar qualquer pagode. "O que Resta de Nós" (Ratinho/ Sombrinha) e "Coração Feliz" (Monarco/ Mauro Diniz) são belíssimos sambas românticos.
"Vida da Gente" (Alamir/ Roberto Lopes) é uma deliciosa crônica suburbana. Já "Cadê Meu Amor?" e "O Pai Coruja" soam como aplicações menos inspiradas de fórmulas de sucesso. Mesmo que o CD não seja uma goleada, é uma vitória incontestável. (LFV)


À Vera
   
Artista: Zeca Pagodinho
Lançamento: Universal
Quanto: R$ 33, em média


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