São Paulo, sábado, 30 de abril de 2005

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ILUSTRADA

Bailarinos pedem lei de fomento com performance

ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

As calçadas em frente à Câmara Municipal de São Paulo, no centro da cidade, foram usadas como uma espécie de "palanque artístico". Em comemoração do Dia Internacional da Dança, bailarinos paulistas realizaram performances para reivindicar uma Lei de Fomento à Dança.
Com a aprovação da lei, proposta em janeiro de 2002 pelo vereador Vicente Cândido (PT-SP) e com votação prevista para junho, R$ 6 milhões seriam distribuídos durante um ano entre 30 grupos de pesquisa, no máximo. A verba é ainda menor do que a proposta pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro, de R$ 9 milhões por ano, com número de grupos beneficiados a definir por dois editais.
"Nós não temos apoio, não temos políticas públicas. Hoje em dia, a saída é a iniciativa privada", disse Ana Terra, do Fórum de Dança São Paulo.
Em 2004, a prefeitura realizou, de março a junho, o "Prêmio Estímulo", programa que dirigiu R$ 24 mil para 35 grupos de dança, que se apresentaram em todos os CEUs. "Este ano, não há nada, a não ser uma verba de R$ 2 milhões congelada", disse o bailarino Wellington Duarte.
"Em âmbito estadual, há a proposta de R$ 100 milhões [do projeto de lei que cria o Fundo Estadual de Arte e Cultura], com R$ 6 milhões para a dança. Mas isso também é indefinido", explica José Maria Carvalho, da diretoria do Mobilização Dança.
Prefeitura e Estado rebatem as críticas. Segundo a prefeitura, o "descongelamento" dos R$ 2 milhões e a criação de políticas públicas ainda dependem de definições administrativas da nova secretaria, mas o tipo de fomento à dança deve ser semelhante ao que é feito com o teatro.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Cultura diz que não há R$ 6 milhões disponíveis para a dança porque o Fundo Estadual de Arte e Cultura não foi aprovado.


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