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ILUSTRADA
Bailarinos pedem
lei de fomento
com performance
ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
As calçadas em frente à Câmara Municipal de São Paulo, no
centro da cidade, foram usadas
como uma espécie de "palanque
artístico". Em comemoração do
Dia Internacional da Dança, bailarinos paulistas realizaram performances para reivindicar uma
Lei de Fomento à Dança.
Com a aprovação da lei, proposta em janeiro de 2002 pelo vereador Vicente Cândido (PT-SP)
e com votação prevista para junho, R$ 6 milhões seriam distribuídos durante um ano entre 30
grupos de pesquisa, no máximo.
A verba é ainda menor do que a
proposta pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro, de R$
9 milhões por ano, com número
de grupos beneficiados a definir
por dois editais.
"Nós não temos apoio, não temos políticas públicas. Hoje em
dia, a saída é a iniciativa privada", disse Ana Terra, do Fórum
de Dança São Paulo.
Em 2004, a prefeitura realizou,
de março a junho, o "Prêmio Estímulo", programa que dirigiu
R$ 24 mil para 35 grupos de dança, que se apresentaram em todos os CEUs. "Este ano, não há
nada, a não ser uma verba de R$
2 milhões congelada", disse o
bailarino Wellington Duarte.
"Em âmbito estadual, há a proposta de R$ 100 milhões [do projeto de lei que cria o Fundo Estadual de Arte e Cultura], com R$ 6
milhões para a dança. Mas isso
também é indefinido", explica
José Maria Carvalho, da diretoria
do Mobilização Dança.
Prefeitura e Estado rebatem as
críticas. Segundo a prefeitura, o
"descongelamento" dos R$ 2 milhões e a criação de políticas públicas ainda dependem de definições administrativas da nova secretaria, mas o tipo de fomento à
dança deve ser semelhante ao
que é feito com o teatro.
A assessoria de imprensa da
Secretaria de Estado da Cultura
diz que não há R$ 6 milhões disponíveis para a dança porque o
Fundo Estadual de Arte e Cultura não foi aprovado.
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