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ANÁLISE
Estúdios apostam em sequências para evitar riscos
ANA PAULA SOUSA
DA REPORTAGEM LOCAL
A estreia de "Homem de Ferro 2" abre a temporada de continuações de 2010.
O filme, uma das principais
apostas dos estúdios para este
ano, é, a um só tempo, espelho e
reflexo de uma Hollywood que,
cercada pelo entretenimento
doméstico e refém das estruturas gigantes do marketing, viu-se obrigada a minimizar os riscos. A investir no certo.
E o que pode ser mais certo
do que os filmes já aprovados
pela massa de espectadores?
A resposta está na fila de sequências prontas para aterrissar nas telas: "Sex and the City
2", "Toy Story 3", "Shrek para
Sempre", "Como Cães e Gatos
2" e o novo "As Crônicas de
Nárnia".
Segundo o presidente da
Warner no Brasil, José Carlos
Oliveira, a companhia, quando
lança um novo "Harry Potter"
-a franquia mais rentável da
história-, sabe que o filme dará, no mínimo, o mesmo resultado que o anterior.
Além disso, personagens-grife, como o bruxo teen, Batman,
Superman e Homem-Aranha,
têm o superpoder de multiplicar os cifrões em licenciamentos, jogos etc.
Não é de causar espanto que
o site Den of Geek! tenha registrado nada menos que 77 sequências em desenvolvimento
em Hollywood -isso sem falar
nos remakes.
Os estúdios, cada vez mais,
parecem unidos pela seguinte
máxima: se uma proposta já
deu certo, para que apostar numa ideia nova?
Diz-se até que, obcecados pelas sequências, os executivos
têm pedido para que os roteiristas não matem o protagonista no final dos filmes.
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