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MÚSICA
A cantora e compositora matogrossense, parceira de Chico César, canta de hoje a domingo no Crowne Plaza
Vanessa da Mata mescla som rural e urbano
CARLOS BOZZO JUNIOR
especial para a Folha
Ser cantora popular onde já houve Elis Regina e há Ná Ozzetti talvez seja difícil. No entanto, a matogrossense de Alto Garças, Vanessa
da Mata, 24, mostra, de hoje a domingo, no Teatro Crowne Plaza,
que, além de cantar, compõe, e faz
disso uma tarefa fácil.
A artista, parceira de Chico César, precisou ter apenas uma de
suas composições -"A Força Que
Nunca Seca"- gravada pela cantora Maria Bethânia, em CD homônimo lançado recentemente,
para ter as gravadoras no seu encalço.
"Como estou em negociações,
ainda não posso revelar os nomes
das gravadoras", disse à Folha, por
telefone, de sua casa em São Paulo.
Na ocasião do lançamento do CD
de Bethânia, a crítica especializada
identificou, nos versos da música
de da Mata, estruturas utilizadas
pelo poeta João Cabral de Melo
Neto.
"Até o Chico César me disse que
a letra da música tinha muito a ver
com o João Cabral, e eu falei para
ele: "Quem é João Cabral?". Ele me
explicou e fui comprar um livro
imediatamente. Mas, antes disso,
eu nem o conhecia", disse.
No show, da Mata, que cresceu
em meio a quadrilhas e folia de
reis, interpreta parte do repertório
(veja texto ao lado) de seu primeiro CD, ainda a ser gravado.
Fã de Clara Nunes, Milton Nascimento e música caipira, nunca estudou música, mas mescla o som
do rural e do urbano com muita espontaneidade.
"Nunca tive professor, cantava
em cima de ingazeiro, no mato. As
primeiras inspirações para fazer
música ou cantar aconteceram em
um mangue, perto da casa de minha avó", disse a artista, que já foi
integrante da Banda Mafuá.
Show: Vanessa da Mata
Onde: Teatro Crowne Plaza, rua Frei Caneca,
1.360, tel. 011/289.0985
Quando: hoje e amanhã, às 20h, e domingo,
às 21h.
Quanto: R$ 15
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