São Paulo, terça-feira, 30 de maio de 2006

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MÔNICA BERGAMO

João Sal/Folha Imagem
A apresentadora Ana Maria Braga entre os convidados do leilão do empresário Ivan Zurita, em Araras, no sábado


SUCESSÃO PRESIDENCIAL

O PIB embala Alckmin. E Serra, Fernando Henrique, Tasso...

Um jantar discreto, com doze pessoas, reuniu no domingo a nata do PIB nacional com o PSDB para discutir a sucessão presidencial. Daniel Feffer, do grupo Suzano, abriu as portas de sua casa, no domingo, para receber, em torno de Geraldo Alckmin, os principais empresários e banqueiros do país. O candidato foi ao evento com Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati e José Serra.
 
Estavam no jantar: Pedro Moreira Salles, do Unibanco, Roberto Setubal, do Itaú, José Ermírio de Moraes Neto, do grupo Votorantim, Victório de Marchi, da AmBev, e Joseph Safra, do banco Safra. Ausência notada: Bradesco que, convidado, não compareceu.
 
Os tucanos passaram boa parte do jantar tentando convencer banqueiros e empresários de que Alckmin vai reagir nas pesquisas eleitorais e pode, sim, ganhar as eleições. "Estavam todos muito ansiosos", disse à coluna um dos presentes ao jantar. Os quatro tucanos fizeram uma exposição a respeito das chances do candidato.
 
Tasso Jereissati afirmou que, assim como a rainha da Inglaterra teve seu "annus horribilis", os tucanos viveram em maio seu "mês horribilis": o PT teve direito a várias inserções publicitárias na TV, exibiu seu programa eleitoral e o governo do candidato-presidente Lula ainda teve direito a uma avalanche publicitária, com destaque para a Petrobras. O comitê de campanha de Lula, disseram os tucanos, é o próprio Palácio do Planalto. Seu meio de transporte, o AeroLula. "A diferença é brutal", disse um tucano.
 
Com o início do horário eleitoral, o paraíso -ou seja, o Palácio do Planalto, em Brasília -ficará mais próximo, afirmaram os tucanos. Quase ao alcance das mãos.
 
E a campanha, por que não começa logo? Por que o PSDB está com estrutura tão pífia, perguntaram os empresários. Porque só poderá fazer campanha oficial a partir de 5 de julho e teme transgredir a lei.
 
Serra falou de segurança. Mostrou que o número de homicídios em SP diminuiu e que o número de presos, em compensação, aumentou (pulou de cerca de 50 mil para os 150 mil atuais). A polícia prendeu mais e a questão penitenciária explodiu. O PCC se fortaleceu. O problema da segurança é o mesmo. Só mudou de lugar.
 
Alckmin falou de economia e ajuste fiscal. Prometeu tempos duros de ajuste para o primeiro ano de seu eventual governo. Sobre juros, pouco se falou. Não seria assunto delicado diante de platéia formada por banqueiros, que lucraram como jamais com os juros petistas, e de industriais, que bombardeiam a política monetária.
 
Na saída, abraços fraternos e promessas de colaboração com a campanha. Diferentemente de outros eventos programados com empresários, digamos, menos "cotados" [ver nota ao lado], não houve cobrança de ingresso para ir ao jantar de Feffer. "A gente não paga na entrada", diz um empresário. "A gente paga é na saída". A família Feffer diz que pretende realizar encontros semelhantes com outros candidatos.

Chapelaria
Foi remarcado para hoje o jantar de R$ 3.000 o convite para empresários que queiram colaborar com a campanha de Geraldo Alckmin à Presidência. Vai ser no Oggy Gallery, nos Jardins. De acordo com Marcos Monteiro, que cuida das finanças do PSDB de SP, 220 ingressos já tinham sido vendidos até ontem -num total de R$ 660 mil arrecadados.

EXCLUSIVO
Os recursos deverão ser destinados exclusivamente à campanha de Alckmin. José Serra, até ontem, não tinha confirmado presença no evento.

"OLHA O LEMBO!"
Fernando Henrique Cardoso e Cláudio Lembo se encontraram no sábado, pela primeira vez depois que Lembo criticou o ex-presidente no caso PCC (Lembo disse que FHC deveria ter ficado "silencioso" e não ter feito críticas a suposto acordo com a facção). Foi na estréia de Ricardo III, a peça do Jô. "Ruth, levanta, olha o Cláudio!", disse FHC ao ver Lembo. Os dois se abraçaram, sorriram -e sumiram da vista um do outro.

PERNAS
O novelista Silvio de Abreu escalou uma seleção de vedetes das antigas para cenas dos dois últimos capítulos de "Belíssima". As eleitas: Virgínia Lane, Anilza Leoni, Brigite Blair, Elizabeth Gasper, Lia Mara, Lilian Fernandes, Maria Quitéria, Maria Pompeu, Esther Tarcitano, Eloina, Lady Hilda, Rosinda Rosa, Teresa Costelo.
 
Mara Rubia, Luz del Fuego, Elvira Pagã, Zaquia Jorge, que já morreram, e Renata Fronzi, que está de cama, serão lembradas em fotos e projeções.

DOSE
A Secretaria de Saúde de SP quer fazer uma campanha de vacinação contra o sarampo antes da Copa. É que a Alemanha tem registros de casos da doença que pode ser trazida para cá por brasileiros não vacinados. Só que o lote de 1,5 milhão de doses do Ministério da Saúde não chegou. Segundo o órgão, houve atrasos devido à greve da Anvisa e mudanças no fabricante da vacina.

ÁLBUM
Felipe Hellmeister será o único fotógrafo brasileiro a integrar -com mais 30 fotógrafos do mundo- a mostra New Photographers 2007, em junho. A exposição é parte da programação do festival Cannes Lions 2006.

CURTO-CIRCUITO

JULIANA GALLO E SOPHIA SARTÓRIO fazem a inauguração hoje, às 14h, da loja infantil Dona Borboleta, nos Jardins.
O ESTILISTA SÉRGIO K. comanda happy hour hoje, às 18h, para lançamento da coleção 2006 na loja da Oscar Freire.
ILANA CASOY faz lançamento e noite de autógrafos do livro "O Quinto Mandamento -Honra Teu Pai e Tua Mãe" hoje, a partir das 19h, na livraria Saraiva do shopping Ibirapuera.
O GRUPO SAMBAJAZZ TRIO faz o show de estréia do CD "Agora Sim" hoje, a partir das 19h, no Sesc da avenida Paulista.
A ONG NOSSA SENHORA AUXILIADORA promove bingo beneficente amanhã, às 19h30, no Espaço Único.

com DANIEL BERGAMASCO E AUDREY FURLANETO


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