São Paulo, domingo, 30 de maio de 2010

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Apresentador leva bom humor para a cobertura da Copa

Tiago Leifert, que mudou perfil do "Globo Esporte" em SP, assumirá principal programa da emissora no Mundial

Paulistano ganhou destaque ao fazer graça de si mesmo e virou hit no YouTube com o "Funk do Val Baiano"

CLARICE CARDOSO
DE SÃO PAULO

Pesquise em qualquer campinho. Meninos brigam para decidir quem jogará no ataque. Brigam menos para escolher goleiro. Mas ninguém quer ser juiz. Era justamente essa a função do jovem Tiago Leifert na quadra.
Após um ano e meio à frente do "Globo Esporte" em São Paulo, Tiago só comprova que, aos 29, não é mesmo do tipo que faz igual a todo mundo.
Ele, que mudou o formato do jornalístico local -deu tom mais bem-humorado e atraiu novo perfil de público-, se prepara para assumir o "Central da Copa" ao lado de Luis Ernesto Lacombe.
Estar à frente do programa-chave na cobertura da Globo do evento mostra que ele é uma das grandes apostas da emissora. Mas Tiago desconversa.
"Não sou de jeito nenhum "a cara" dessa Copa. Só quero fazer diferente, surpreender", diz à Folha, enquanto espera o elevador na sede da emissora em São Paulo.
"A Copa atrai pessoas que só lembram do futebol a cada quatro anos. Prender esse público sem ofender o conhecimento dos zé boleiros é o nosso desafio."

VAI, VAL BAIANO
De riso fácil, ele diz que já está pensando nas brincadeiras que fará com as seleções. O humor é um ponto forte do estilo dele de apresentar.
O programa faz graça com o próprio Tiago. Essas gracinhas, aliás, eram ouvidas por todos os lados, vindas de técnicos a colegas, na tarde em que caminhava com a Folha pela emissora.
Mas o pai do hit do "Funk do Val Baiano" ("A pior ideia que já tive na vida", brinca), diz que vai pegar leve com o público nacional no começo.
"Temos várias piadas internas com o telespectador de São Paulo, e ele vai esperar por isso no "Central". Mas vamos mostrar nossa cara aos poucos, para que os novos se acostumem."
Tiago, que estudou nos EUA e foi estagiário do canal americano NBC, começou na TV Vanguarda e passou pelo SporTV antes de chegar à Globo. Mas seu estilo nem sempre foi bem aceito.
"Nunca fui muito normal e acabava sendo muito editado. Demorei dois anos para emplacar uma coisa minha. Quase desisti da TV", diz. Logo é interrompido por uma piada. "Tá famoso, hein?"
"Agora virei galã, só quero fazer ensaio sensual, ganhar dinheiro", retruca, rindo, da enésima piadinha que ouviu naquele dia sobre a cena em que apareceu como si mesmo entrevistando o piloto Gerson (Marcello Antony) na novela "Passione". Em tempo: o "bico" durou 1,7 segundo.


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