São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 2006

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Crítica

"Bela Donna" ensina o que não fazer em cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Jorge Luis Borges dizia que somos capazes de nos lembrar das coisas mais belas e das mais horrendas. As médias nos escapam da memória com maior grau de facilidade.
Seria possível acrescentar que, em cinema, há dois tipos de filmes que nos instruem muito: os melhores filmes e os piores. Nesta segunda categoria é que se encontra "Bela Donna" (Canal Brasil, 12h30), de Fábio Barreto.
Não que a história seja muito memorável. Mas certos momentos não me abandonam: a imagem de uma loira (Natasha Henstridge) diante de um navio; a de um pescador nordestino com cara de ator da Globo (o que de fato é ou foi Eduardo Moscovis); a de dunas que não acabam mais.
Nisso fica, em linhas gerais, o filme, em que a loira estrangeira e o homem natural pátrio, é claro, se apaixonam no meio de toda aquela natureza.
Um romance que, como o filme, não sabe para onde vai. Um útil apanhado para jovens cineastas do que convém evitar quando se filma.


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