São Paulo, Sexta-feira, 30 de Julho de 1999
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HBO bloqueia canais da operadora Tecsat

da Reportagem Local

Os assinantes da operadora de miniparabólicas Tecsat foram surpreendidos na última segunda, dia 26, com o desligamento, às 17h, do sinal dos canais pagos Sony, Warner, Mundo, HBO, HBO2, Cinemax e E!.
A HBO Brasil, que controla o pacote, diz que há um ano tornou os canais disponíveis para a Tecsat em regime de testes e que, de comum acordo, eles foram comercializados em seguida sem que um contrato fosse assinado.
Há seis meses, no curso das negociações de um contrato a ser assinado, a HBO teria exigido uma auditoria nos sistemas da Tecsat. A empresa de auditoria foi indicada, a operadora teria se prontificado a cumprir a determinação, mas a HBO nunca recebeu uma resposta da Tecsat.
"Pedimos isso há seis meses. No dia 20 de junho, demos um prazo final que se esgotou no dia 20 deste mês. Demos ainda cinco dias de margem e nada foi feito", explica Luiz Carlos Bannitz, 32, gerente jurídico da HBO.
Em nota oficial, a Tecsat nega que tenha sido notificada e qualifica a atitude da HBO de "arbitrária". A nota conclui dizendo que a operadora tomará "medidas cabíveis" e tentará agir rápido para não prejudicar o assinante.
Não é só com a HBO que a operadora está tendo problemas. A Folha apurou que a MedNews, que controla o canal médico, se transferiu para o sistema Net/Sky porque a Tecsat descumpriu diversos acordos firmados durante a formação do canal.
A Tecsat se recusa a divulgar o número de assinantes que possui e resiste a autorizar auditorias. É um direito das programadoras saberem quantos assinantes atingem para calcular quanto receber de cada operadora.
Para minimizar o problema da saída dos canais HBO, a operadora tornou disponíveis a todos os assinantes canais especiais como o Hallmark 2 e Cinehouse 1 e 2 e destravou também o canal de filmes pornográficos. Uma reunião entre a HBO e a Tecsat foi marcada para ontem, mas, até o fechamento desta edição, não foi anunciada uma solução.
"As negociações continuam normais. As partes vão discutir o contrato", diz Bannitz. (AM)

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