|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cisne Negro dança com Banda Sinfônica
Acompanhada por músicos, cia. interpreta "Atmosferas", com trilha de Mehmari, e "Danses Concertantes"
RAQUEL COZER
DA REPORTAGEM LOCAL
Um enorme quadro disposto
ao fundo do palco do Auditório
Ibirapuera emoldura mais que
uma imagem durante as coreografias que a Cisne Negro interpreta de amanhã a domingo.
Ele abriga, suspensa numa
plataforma, a Banda Sinfônica
do Estado de São Paulo, que
acompanha as apresentações.
Como o teatro projetado por
Niemeyer não tem um fosso
para orquestra, essa foi a solução encontrada pela companhia de dança paulistana e pelo
maestro Abel Rocha para apresentar no local "Atmosferas" e
"Danses Concertantes", que fecharam em novembro a temporada de 2006 da Banda Sinfônica, no teatro Sérgio Cardoso.
Foi também uma saída "poética", nas palavras de Hulda
Bittencourt, diretora artística
da Cisne, para integrar músicos
e bailarinos sem perder o equilíbrio entre uns e outros.
A companhia foi convidada
por Rocha a dançar ao som da
Banda Sinfônica, no ano passado, como parte da proposta do
maestro de "colocá-la no circuito das grandes orquestras de
São Paulo" -meta que já pôs os
músicos no teatro lado a lado
com os Parlapatões, na base de
uma trilha sonora de documentário e na encenação de uma
ópera baseada em texto de
Shakespeare.
A Cisne Negro levou consigo
uma obra de seu repertório,
"Danses Concertantes" (1998),
com coreografia do neozelandês Mark Baldwin sobre música de Stravinski (1882-1971), e
aceitou o desafio de criar em cima de uma trilha inédita de André Mehmari, o que rendeu
"Atmosferas", com coreografia
de Dany Bittencourt.
O maestro Rocha vê similaridades entre interpretar para
dança e para ópera. "Além de
fazer a nossa parte, que é tocar,
temos de estar preparados para
reações de ambos os lados. Não
é sempre o mesmo andamento,
temos de esperar impulsos,
gestos, tem de ter interação. A
orquestra não toca "apesar" do
balé. É um concerto para balé e
orquestra", afirma.
BANDA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO E CISNE NEGRO
Quando: amanhã, às 21h; sáb., às
20h30, e dom., às 18h
Onde: Auditório Ibirapuera (av. Pedro
Álvares Cabral, s/nš, portão 2, parque
Ibirapuera, tel. 0/xx/11/5908-4290
Quanto: R$ 30
Texto Anterior: Living Colour toca hoje em SP e amanhã no Rio Próximo Texto: Teatro: Argonautas estréiam em SP o experimento "Terra sem Lei" Índice
|