São Paulo, segunda-feira, 30 de agosto de 2010

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Quadrinistas alemães recontam vida de Elvis em narrativas curtas

HQ ilustra episódios do cantor em tom realista e melancólico

DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO

A Alemanha é um país em desenvolvimento -ao menos no quesito gibis.
Afinal, não faz parte do "mainstream", como os EUA e o Japão, e tampouco tem a tradição de prestígio da França e da Bélgica.
Mas vem despontando no território germânico uma geração encabeçada pelo premiado Reinhard Kleist -um dos organizadores de "Elvis", que sai agora no Brasil.
O gibi traz dez episódios da vida de Elvis Presley (1935-1977), cada um desenhado por um quadrinista diferente, incluindo Kleist.
"Procuramos artistas que se encaixassem da maneira como imaginávamos a história", diz Kleist à Folha. "Especialmente quem desenhasse com realismo e um pouco de melancolia."
As narrativas, curtas, não incluem toda a vida do cantor, mas prezam detalhes e pequenos acontecimentos. Como reúne vários artistas, há capítulos que agradam mais, outros menos.
Um dos melhores é "Elvis is Back" (Elvis está de volta), desenhado por Isabel Kreitz, com um traço maduro marcado por linhas de rascunho não apagadas na arte-final.
Também chamam a atenção os capítulos "G. I. Blues" e "O Produto Elvis", rabiscados pelo próprio Kleist -o que pode sugerir que o gênero da biografia feita em HQs deve continuar ganhando destaque na Alemanha.
Afinal, entre os títulos que publicou está o premiado gibi sobre Johnny Cash. E, em setembro, deve ficar pronta a obra sobre Fidel Castro.


ELVIS

ORGANIZAÇÃO Reinhard Kleist e Titus Ackermann
TRADUÇÃO Margit Neumann e Michael Korfmann
EDITORA 8Inverso
QUANTO R$ 63 (128 págs.)



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