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Giordano é editora de um homem só
da Equipe de Articulistas
Cláudio Giordano considera a
publicação de "Tirant lo Blanc" o
coroamento da atividade de sua
editora, a Giordano, que lançou 70
livros desde sua criação, em 1990.
Poucas editoras, aliás, merecem
tanto o nome de seu proprietário:
o próprio Giordano digita, compõe e pagina em seu computador
os textos que edita. Entrega à gráfica, pronto, o "laser film" que servirá de matriz na impressão do livro.
Até o ano passado, tudo isso era
feito no apartamento do editor. Este ano Giordano alugou uma casa
na avenida Santo Amaro, onde instalou a editora, um ateliê de restauração de livros e uma biblioteca
com mais de 5.000 volumes, em
sua maioria adquiridos em sebos.
A intenção é, em breve, fazer desse espaço uma "oficina de livros",
aberta ao público e sem fins lucrativos.
Faz parte do projeto o boletim literário "Nanico", que Giordano
define como uma "quase revista"
voltada prioritariamente para a
poesia e as artes plásticas.
O "Nanico" numa primeira fase,
de 85 a 86, teve editados dez números. Recomeçou em 96.
Entre os livros publicados pela
Giordano destacam-se "A Enciclopédia Brasileira", de Mário de Andrade, "Uma Odisséia Musical", de
Gilberto Mendes, "Recordações de
Ismael Nery", de Murilo Mendes, e
a correspondência entre Mário de
Andrade e Murilo Rubião.
Giordano está lançando este mês
mais dois títulos de sua coleção
Memória (que já tem 23 volumes):
"Lírica Italiana", de Cláudio Manuel da Costa, em edição bilíngue,
e "Revoluções Brasileiras", de
Gonzaga Duque.
(JGC)
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