São Paulo, quarta, 30 de setembro de 1998

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Giordano é editora de um homem só

da Equipe de Articulistas

Cláudio Giordano considera a publicação de "Tirant lo Blanc" o coroamento da atividade de sua editora, a Giordano, que lançou 70 livros desde sua criação, em 1990.
Poucas editoras, aliás, merecem tanto o nome de seu proprietário: o próprio Giordano digita, compõe e pagina em seu computador os textos que edita. Entrega à gráfica, pronto, o "laser film" que servirá de matriz na impressão do livro.
Até o ano passado, tudo isso era feito no apartamento do editor. Este ano Giordano alugou uma casa na avenida Santo Amaro, onde instalou a editora, um ateliê de restauração de livros e uma biblioteca com mais de 5.000 volumes, em sua maioria adquiridos em sebos.
A intenção é, em breve, fazer desse espaço uma "oficina de livros", aberta ao público e sem fins lucrativos.
Faz parte do projeto o boletim literário "Nanico", que Giordano define como uma "quase revista" voltada prioritariamente para a poesia e as artes plásticas.
O "Nanico" numa primeira fase, de 85 a 86, teve editados dez números. Recomeçou em 96.
Entre os livros publicados pela Giordano destacam-se "A Enciclopédia Brasileira", de Mário de Andrade, "Uma Odisséia Musical", de Gilberto Mendes, "Recordações de Ismael Nery", de Murilo Mendes, e a correspondência entre Mário de Andrade e Murilo Rubião.
Giordano está lançando este mês mais dois títulos de sua coleção Memória (que já tem 23 volumes): "Lírica Italiana", de Cláudio Manuel da Costa, em edição bilíngue, e "Revoluções Brasileiras", de Gonzaga Duque. (JGC)



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