São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2001

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APHEX TWIN

James abre a janela crítica do eletrônico

DA REPORTAGEM LOCAL

Na noite do último sábado, Richard James entrou no seu palco paulistano sob uma espécie de aura de expectativa.
O produtor por trás do nome Aphex Twin postou-se então atrás de um notebook, escondido no fundo do palco, e as luzes fizeram o resto, iluminando a platéia, que não deixou de responder à altura, com máscaras repetindo a face demoníaca de James.
O som do Aphex Twin, pelo menos desde o álbum "I Care Because You Do" (95), vem se afirmando como uma espécie de janela crítica dentro da música eletrônica, trazendo os dogmas da revolução digital, literalmente, à baila.
Sua apresentação no Free Jazz reafirmou sua coerência nessa direção: dançável e não dançável, presença e ausência do autor, sedução e repulsa convivendo na mesma estética -o que levou a platéia à descoberta de que, às vezes, a falta de reação é a medida exata que dá o sentido.
(RODRIGO MOURA)


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