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APHEX TWIN
James abre a janela crítica do eletrônico
DA REPORTAGEM LOCAL
Na noite do último sábado,
Richard James entrou no
seu palco paulistano sob uma espécie de aura de expectativa.
O produtor por trás do nome
Aphex Twin postou-se então
atrás de um notebook, escondido
no fundo do palco, e as luzes fizeram o resto, iluminando a platéia,
que não deixou de responder à altura, com máscaras repetindo a
face demoníaca de James.
O som do Aphex Twin, pelo menos desde o álbum "I Care Because You Do" (95), vem se afirmando como uma espécie de janela
crítica dentro da música eletrônica, trazendo os dogmas da revolução digital, literalmente, à baila.
Sua apresentação no Free Jazz
reafirmou sua coerência nessa direção: dançável e não dançável,
presença e ausência do autor, sedução e repulsa convivendo na
mesma estética -o que levou a
platéia à descoberta de que, às vezes, a falta de reação é a medida
exata que dá o sentido.
(RODRIGO MOURA)
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