São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2001

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Trabalho vem para conquistar público jovem

DE NOVA YORK

Você já sabe que "Invincible" começou a ser feito em 1995, teve mais de uma dezena de produtores, foi escolhido de um leque de cem músicas e custou US$ 30 milhões à gravadora Sony.
Mas o álbum é principalmente a tentativa de Michael Jackson de conquistar ouvintes jovens. MJ inventou um estilo, uma dança, é o pai do videoclipe moderno, detém vários recordes comerciais e criou uma atitude pop, mas não faz sucesso desde a década passada.
Como já mostrou a acolhida morna que teve o single "You Rock My World", no entanto, é pouco provável que o fã de Eminem, Britney Spears e "NSync, que ironicamente devem quase tudo o que fazem a MJ, vá se identificar com "Invincible".
Estão lá seus temas de sempre. As criancinhas ("The Lost Children"); o messianismo ("Speechless"); a ajuda humanitária ("Cry"); a perseguição da imprensa ("Privacy"); o monstro interior ("Threatened"). Só não há novidade.
Além disso, acabam de ser lançadas as edições remasterizadas e com faixas extras dos clássicos "Off the Wall" (1979), "Thriller" (1982), "Bad" (1987) e "Dangerous" (1991). Se tiver de escolher dois, fique com os primeiros. São de colecionador.
Ambos foram reeditados sob supervisão do mago Quincy Jones. "Off the Wall" traz a faixa-demo de "Don't Stop "Til You Get Enough" de 1978 com participação de Andy e Janet Jackson e na qual a presença do percussionista brasileiro Paulinho da Costa fica mais evidente.
Já "Thriller", o álbum solo mais vendido no mundo (são 46 milhões de cópias, atrás só de uma coletânea dos Eagles), tem uma faixa-demo de "Billie Jean", em que fica claro que MJ não sabia a letra de cor. (SD)


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