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Trabalho vem para conquistar público jovem
DE NOVA YORK
Você já sabe que "Invincible" começou a ser feito em
1995, teve mais de uma dezena de produtores, foi escolhido de um leque de cem
músicas e custou US$ 30 milhões à gravadora Sony.
Mas o álbum é principalmente a tentativa de Michael
Jackson de conquistar ouvintes jovens. MJ inventou
um estilo, uma dança, é o pai
do videoclipe moderno, detém vários recordes comerciais e criou uma atitude
pop, mas não faz sucesso
desde a década passada.
Como já mostrou a acolhida morna que teve o single
"You Rock My World", no
entanto, é pouco provável
que o fã de Eminem, Britney
Spears e "NSync, que ironicamente devem quase tudo
o que fazem a MJ, vá se identificar com "Invincible".
Estão lá seus temas de
sempre. As criancinhas
("The Lost Children"); o
messianismo ("Speechless"); a ajuda humanitária
("Cry"); a perseguição da
imprensa ("Privacy"); o
monstro interior ("Threatened"). Só não há novidade.
Além disso, acabam de ser
lançadas as edições remasterizadas e com faixas extras
dos clássicos "Off the Wall"
(1979), "Thriller" (1982),
"Bad" (1987) e "Dangerous"
(1991). Se tiver de escolher
dois, fique com os primeiros. São de colecionador.
Ambos foram reeditados
sob supervisão do mago
Quincy Jones. "Off the Wall"
traz a faixa-demo de "Don't
Stop "Til You Get Enough"
de 1978 com participação de
Andy e Janet Jackson e na
qual a presença do percussionista brasileiro Paulinho
da Costa fica mais evidente.
Já "Thriller", o álbum solo
mais vendido no mundo
(são 46 milhões de cópias,
atrás só de uma coletânea
dos Eagles), tem uma faixa-demo de "Billie Jean", em
que fica claro que MJ não sabia a letra de cor.
(SD)
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