São Paulo, sábado, 30 de outubro de 2004

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Episódio é retratado em documentário

DA REPORTAGEM LOCAL

Boa parte dos personagens sinistros que aparecem no inquietante livro de Corrêa da Costa estão no documentário "Oro Nazi en Argentina". O título é chamativo. Mas o documentário vai além de registrar a questão do dinheiro nazista que teria ido à Argentina.
Muito mais grave do que o ouro foi a chegada aos pampas da escória nazista. O "ouro" servia para financiar essa fuga. O filme também mostra as relações incestuosas do populista Juan Perón com a comunidade alemã na Argentina.
Para os acostumados a visitar a estação de Bariloche, é curioso perceber que a cidade era um antro para onde afluíram nazistas criminosos de guerra. Como virou praxe nos documentários, misturam-se imagens de arquivo com cenas recriadas por atores.
Há o risco de se achar que as cenas sejam reflexo fiel da realidade. Por exemplo, não existem provas de que submarinos alemães tenham desembarcado caixas e caixas de ouro na Patagônia. Um grande número de pesquisadores foi entrevistado, tanto acadêmicos como o tipo semi-amador que habita a fronteira entre a teoria conspiratória e a pesquisa séria.
Infelizmente chegaram muitos criminosos, gente como Adolf Eichmann, envolvido no genocídio dos judeus e capturado na década de 60. Outros só foram desmascarados nos 90. E muitos viveram e morreram impunes na acolhedora Argentina. (RBN).


Oro Nazi en Argentina
   
Produção: Argentina, 2004
Direção: Rodolfo Pereyra
Quando: hoje, 19h30, Cinesesc



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