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Circuito off-Bienal movimenta SP
Espanhola Cristina Iglesias é principal atração internacional na cidade; jovem Sara Ramo participa de quatro exposições
Galerias Nara Roesler, Millan, Raquel Arnaud e Luisa Strina, entre outras, apresentam trabalhos de nomes como Tunga e Rainer
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bienal ficou conhecida como "do Vazio", mas, em torno
dela, museus, instituições e galerias de São Paulo apresentam
uma quantidade de boas exposições capaz de encher a agenda
de qualquer pessoa interessada
em arte.
No chamado circuito off-Bienal, a atração internacional de
mais destaque é a espanhola
Cristina Iglesias, 50, que fez
uma grande intervenção especialmente concebida para a Pinacoteca do Estado.
Renomada artista no circuito
internacional, Iglesias apresenta 22 obras em São Paulo,
entre instalações, maquetes,
gravuras de grande escala e fotografias. Ela é autora de um
monumental trabalho realizado no Museu do Prado, em Madri, no ano passado, e tem peças
em coleções prestigiadas, como
a do Centro Georges Pompidou, em Paris.
"Desde 2005, estamos conversando para tentar montar
uma exposição da Cristina
aqui. É um privilégio que uma
artista de ressonância mundial,
com uma obra tão elegante,
monte algo especial para o museu", diz o diretor da Pinacoteca, Marcelo Araujo. "E conseguimos que a exposição acontecesse nessa época de Bienal."
Iglesias desenvolve o projeto
desde o ano passado. "Vim ver o
espaço e percebi que é um edifício especial. Meu trabalho lida
muito com a arquitetura, com a
história das construções", conta ela. No Octógono da Pinacoteca, centro do edifício, Iglesias
criou uma instalação com grandes placas de ferro que compõem um "corredor suspenso".
Um texto recitado de autoria
do escritor britânico J.G. Ballard serve de trilha sonora.
Sons urbanos e do campo também acompanham o espectador em dois ambientes que servem de preâmbulo à instalação
do Octógono.
"Minha obra é a articulação
do espaço escultórico, da intervenção na arquitetura, dos estudos que vêm antes e do registro da obra finalizada. Quis
criar um sentido de labirinto no
local, fazendo com que o público se guie por referências sensoriais", afirma a artista.
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