São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2011 |
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CRÍTICA DRAMA "Cisne", de Teresa Villaverde, sofre com falta de ideias e excesso de emoções CRÍTICO DA FOLHA "Cisne", da portuguesa Teresa Villaverde, faz lembrar uma frase de "Pierrot le Fou" (1965), de Jean-Luc Godard. "Não dá para conversar com você. Você nunca tem ideias, só sentimentos." Há um problema parecido: um excesso de emoções que não compensa a escassez de ideias. O filme é a história do encontro entre a cantora Vera (Beatriz Batarda) e o jovem Pablo (Miguel Nunes), que ela escolhe como motorista e ajudante ao chegar a Lisboa para o fim de uma turnê. Ao longo da relação, os dois revelam suas cicatrizes: ela sofre pelo amor não correspondido de um homem; ele, por ser órfão. Como já havia demonstrado em "Os Mutantes" (1998), Villaverde tem talento visual, sabe criar personagens marcantes e consegue boas interpretações de seus atores. Mas, em "Cisne", seu esforço é sabotado por tiques do cinema de arte: frases pomposas intercaladas por longos silêncios, coadjuvantes de comportamento excêntrico, closes de rostos sofridos. A ostentação de profundidade não esconde o vazio que nem mesmo a canção "Nina", de Chico Buarque, presente na trilha, pode preencher. (RICARDO CALIL) CISNE QUANDO hoje, às 19h30, na Livraria Cultura (av. Paulista, 2.703) CLASSIFICAÇÃO 16 anos AVALIAÇÃO regular Texto Anterior: Ibirapuera recebe 'Amarcord' ao ar livre Próximo Texto: Crítica/Animação: Biografia em desenho mostra como o mangá ficou adulto Índice | Comunicar Erros |
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