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Caindo na real
Profissionais avaliam como seriados imitam seus empregos; exageros são muito criticados
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL
A arte imita a vida. Nas séries
de televisão, o refinamento
chega ao ponto de copiar termos técnicos, explicar procedimentos bem específicos e, às
vezes, deixar o espectador
boiando, tudo em nome de um
bem maior: a verossimilhança.
Com isso em mente, a Folha
convidou pessoas que tiveram
suas profissões espelhadas pelos seriados para ver em que
pontos Hollywood acertou ou
errou a mão completamente.
Os programas escolhidos são
lançamentos deste final de ano
e têm situações reais bem definidas e sem as invencionices de
vampiros ou demônios.
Entre os convidados para fazer as avaliações, está uma médica da USP, que analisa como
"House" faz seus diagnósticos.
Um promotor de Justiça, que
lidou em 2006 com uma megarrebelião em Tremembé,
discute a realidade da vida numa penitenciária violenta em
"Capadócia". A busca pela
mentira de "Engana-me se Puder" também é o cotidiano de
um poligrafista, que gostaria de
trazer o psicólogo da série para
achar um mentiroso no Brasil.
O coordenador do Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia
Jurídica da USP critica a agilidade da investigação forense
de "Bones". E nada melhor que
um motoqueiro com mais de
30 anos de estrada para avaliar
os foras-da-lei de "Sons of
Anarchy - Os Indomáveis".
Os especialistas assistiram
aos episódios das temporadas
que saem em DVD e concordam que, apesar de exageradas,
são bom entretenimento.
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