Jeito de Cowboy
Globo, 16h15.   
(Cowboy Way). EUA, 94, 107 min. Direção: Gregg Champion. Com Kiefer Sutherland, Woody Harrelson, Dylan McDermott. Dois cowboys de rodeio do Novo México viajam até Nova York a fim de ajudar um amigo cubano cuja filha acaba de chegar aos EUA. A premissa é interessante, neste filme que divide opiniões entre os comentaristas norte-americanos. Dá pra tentar.

Perseguição Demoníaca
Record, 22h.  
(976 Evil 2 - The Astral Factor). EUA, 91, 93 min. Direção: Jim Wynorski. Com Brigitte Nielsen, Patrick O'Bryan, Rene Assa. Professor universitário preso quando tentava mutilar uma jovem em pleno auditório de escola, usa contatos com forças demoníacas para continuar a fazer o mal. Enfim, a universidade está em baixa.

Dominação
SBT, 23h15.  
(Lost Souls). EUA, 2000, 97 min. Direção: Janusz Kaminski. Com Winona Ryder, Ben Chaplin, John Hurt. Católicos fanáticos liderados por Winona tentam convencer escritor de que ele é o escolhido pelo demônio para encarnar na Terra. O homem não está convencido disso. Nem nós.

Splendor - Um Amor em Duas Vidas
Globo, 23h30.   
(Splendor). EUA/Inglarra, 99, 93 min. Direção: Gregg Araki. Com Kathleen Robertson, Jonathon Schaech, Mat Keeslar. Após um ano de seca, atriz arranja dois namorados de uma vez e não sabe decidir com qual deles ficar. Comédia romântica de diretor-roteirista independente e digno. Inédito.

Diana e a Família Real
SBT, 1h20.   
(Diana and the Royal Family). Inglaterra, 94. Direção: Alan Scales. Documentário britânico a respeito das relações (tensas, como se sabe) entre a princesa Diana e a família real (realizado três anos antes de Diana morrer em acidente automobilístico, em Paris).

Emmanuelle - A Hora do Sonho
Bandeirantes, 2h.  
(Emmanuelle - A Time to Dream). 94, 93 min. Direção: David Cole. Com Krista Allen, Debra K. Beatty. Em que Emmanuelle continua a dar trela (e não apenas trela) a seus amigos extraterrestres que, agora, monitoram seus sonhos. Ou Emmanuelle, a hora do sono.

Perseguindo o Dragão
SBT, 5h.  
(Chasing the Dragon). EUA, 96. Direção: Ian Sander. Com Mark Post, Dennis Boutsikaris. Mãe solteira, com todas as dificuldades inerentes a criar um menino de 12 anos, estressada, não satisfeita com isso, ou justamente por isso, torna-se dependente de drogas. Enfim, um suplício. (IA)

TV PAGA

De Palma e Spielberg brincam com a ilusão em "Femme Fatale" (HBO)

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Brian de Palma não tem vergonha do cinema. Sabe que é um bom lugar para mostrar garotas bonitas e não faz nenhuma economia com a beleza de Rebecca Romjin-Stamos, a ambígua heróina de "Femme Fatale".
Ela é uma ladra da pesada, uma ladra de cinema -tanto que pratica um ousado roubo de jóias em pleno Festival de Cannes e debaixo de uma enorme vigilância.
Depois ela passará por riscos não desprezíveis, mas no fim das contas gostaríamos de saber se ela passou mesmo por esses riscos, se tudo não passou de imaginação dela (ou nossa). Se houve efetivamente história.
Porque o prazer cinematográfico de De Palma passa, hoje dia, em certa medida, por narrar com uma mão e apagar o narrado com a outra. De tal modo que o que nos resta é, essencialmente, o prazer do que foi visto, do que correu sob nossos olhos. É uma espécie de marca clássica que permanece no filme como reflexão sobre o próprio cinema.
Em Steven Spielberg quase nunca o prazer do cinema é puro. Ele tem muito acentuada a influência dos velhos seriados em sua obra, no entanto é como se se tratasse de um "prazer para" (para ganhar dinheiro, para agradar, para ganhar Oscar).
O que não o impede de enfrentar desafios tecnicamente interessantes que resultam interessantes no conjunto (caso de "Parque dos Dinossauros"), ora de criar, de tempos em tempos, filmes em que o "prazer para" parece coincidir com o seu próprio prazer, caso de "Minority Report - A Nova Lei", ficção científica em que o policial do futuro Tom Cruise, encarregado de impedir crimes futuros, acaba sendo identificado como futuro criminoso e, como tal, deve ser perseguido por sua própria divisão.
E quando Spielberg filma por prazer, seu talento, que é grande, fica mais evidente.