São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 2006 |
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REPERCUSSÃO Arlindo Machado, 56, pesquisador e curador: "Paik, se não é "o", é um dos mais importantes artistas da segunda metade do século 20. Ele passou por todos os campos da arte: músico, compositor, tem discos, pertenceu ao grupo Fluxus e depois migrou para os EUA. Lá, ele teve uma idéia genial, de manipular eletronicamente a imagem de TV; com isso, inventou a videoarte. Paik praticamente é o inventor do que conhecemos hoje como artes eletrônicas." Giselle Beiguelman, 43, artista e pesquisadora: "Entre outras lições, acho que a primeira é a de trabalhar com a idéia de que somos artistas de comunicação, e colocar essa questão como mote de criação. Ele também nos ensinou a apropriação do erro, a trabalhar com o ruído." Lucas Bambozzi, 40, videoartista: "Fiz um trabalho no ano retrasado inspirado nas traquitanas do Paik. Os robôs que ele fazia sempre carregavam ironia, o questionamento da própria tecnologia envolvida. Ele dizia: "Uso a tecnologia para odiá-la". Também usava a tecnologia de forma crítica. A influência dele é estética, de conceitos e de procedimentos." Otávio Donasci, 55, videocriatura: "Sempre me identifiquei com o fato dele trabalhar com sucata de televisão, de ser um inventor-artista, que realmente mete a mão na massa, e de ter bom humor." Tadeu Jungle, 49, artista multimídia: "Ele foi um farol na área de vídeo. Realmente norteou muita gente, vários artistas contemporâneos foram influenciados por ele. Por ter sido uma das pessoas que iniciou o trabalho com vídeo, sua importância é ainda maior." Walter Silveira, 50, artista intermídia: "Tive o primeiro contato quando ele veio para a Bienal, em 1975. Ele foi um dos poucos a fazer arte com televisão, a fazer transmissão não-comercial de TV. Ele ajudou a ampliação do nosso olhar." Texto Anterior: Memória: Aos 74 anos, morre Nam June Paik, o pai da videoarte Próximo Texto: Análise: Artista subvertia tecnologia em obras críticas Índice |
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