São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"A Grande Família" lidera bilheteria

Filme derivado da TV estréia em primeiro no ranking do fim de semana, vencendo inclusive concorrentes estrangeiros

Globo Filmes testa em longa formato de produção sem o uso de incentivos fiscais; título custou R$ 5 milhões e teve investimento da CEF


Divulgação
Dira Paes e Marco Nanini em "A Grande Família - O Filme"


SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

A bilheteria de "A Grande Família - O Filme" correspondeu às expectativas do mercado cinematográfico de ver surgir um sucesso nacional que suspenda o jejum em vigor desde o início de 2006, quando apenas "Se Eu Fosse Você", de Daniel Filho, lançado em janeiro, teve público notável (3,6 milhões).
O longa de Maurício Farias, baseado no seriado homônimo da Globo, ficou em primeiro lugar no ranking de público (303 mil), renda (R$ 2,7 milhões) e média de espectadores por cópia (1.100) do fim de semana.
Lançado em 262 cinemas, "A Grande Família - O Filme" estreou na última quinta, em São Paulo, e no restante do país, um dia depois. Os resultados somam o público até domingo.
Foi o segundo filme nacional a estrear em 2007. "Passageiro -°Segredos de Adulto", de Flávio R. Tambellini, lançado há três semanas em 13 cinemas, soma 4.347 espectadores.
"A Grande Família - O Filme" "pode chegar a 2 milhões [de espectadores], o que seria fantástico para o cenário atual de público para cinema", diz Carlos Eduardo Rodrigues, diretor-executivo da Globo Filmes.
Com o longa de Farias, Rodrigues testa "um novo formato de negócio", que prescinde do incentivo das leis de renúncia fiscal (Rouanet e Audiovisual), utilizadas na quase totalidade dos filmes brasileiros.
O longa de Farias custou R$ 5 milhões, investidos pela Globo Filmes, pela distribuidora Europa e pela Caixa Econômica Federal, que tem sua marca divulgada em cenas do longa.
"O formato buscou obter ganhos de escala na produção, com o uso de recursos de infra-estrutura da Central Globo de Produção e de recursos tecnológicos de ponta -foi filmado e finalizado em [tecnologia] digital", afirma Rodrigues.
O executivo classifica o formato como sendo "de altíssimo risco" e afirma que, no caso atual, os riscos foram minimizados pela "força da marca "A Grande Família", associada a um roteiro adequado ao cinema e a um orçamento que incorporou os ganhos de escala".
Segundo ele, a Globo Filmes não definiu em quantos títulos aplicará o formato, "mas não deve passar de um por ano".


Texto Anterior: Marcelo Coelho: Magia liberal, magia conservadora
Próximo Texto: Teatro: Grupos lêem crônicas de Voltaire de Souza
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.