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TELEVISÃO
Reviravoltas marcam retorno de séries
Nova temporada de "Desperate Housewives" mostra as donas-de-casa cinco anos mais velhas; "CSI" perde dois protagonistas
"30 Rock" e "Mad Men", que acumulam prêmios, mas perdem audiência nos EUA, também estreiam no Brasil durante a próxima semana
FERNANDA EZABELLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se acúmulo de prêmios fosse
senha de sucesso, "30 Rock" e
"Mad Men" seriam o que há de
melhor na TV norte-americana. Mas quando "Mad Men" somou mais um troféu à sua coleção nesta semana, o ator Jon
Hamm agradeceu às "dezenas"
de fãs da série. E não era piada.
O seriado sobre mercado publicitário de Nova York nos anos
60 teve média por episódio de
1,5 milhão de espectadores em
2008 nos EUA -muito pouco
se comparado, por exemplo, ao
musical "American Idol", média de 30 milhões.
"30 Rock", criado pela comediante Tina Fey, vai um pouco
melhor no quesito audiência
(cerca de 7 milhões), mas ainda
bem distante do esperado para
uma das séries mais premiadas
dos últimos anos (veja quadro).
A trama narra os bastidores
de um programa de TV e, como
"Mad Men" (este sem o humor), talvez o clima de escritório nova-iorquino não agrade
ao público em tempos de demissões em massa na vida real.
Seja como for, as duas séries
premiadas estreiam suas novas
temporadas na semana que
vem no Brasil, ao lado de outras
três com melhor popularidade,
"Grey's Anatomy", "CSI" e
"Desperate Housewives".
As três chegam com grandes
reviravoltas em suas tramas.
Com as mulheres desesperadas
de Wisteria Lane, no entanto, a
mudança é tanta que parece
um novo seriado.
A ex-modelo Gabby (Eva
Longoria) ganhou duas filhas,
engordou e caiu fora da vida social; Bree (Marcia Cross), a dona-de-casa mais empenhada,
virou empresária dedicada e se
esqueceu do marido.
Como o seriado tem data para terminar, em 2011, pode ser
que tanta novidade seja um ato
desesperado para alavancar a
audiência, o que não tem acontecido -os 18 milhões de telespectadores da estreia caíram
para 13 milhões neste mês.
Médicos deprimidos
Na trama sobre os médicos
do Seattle Grace Hospital,
amor e bisturis continuam se
cruzando pelos corredores e salas de operação. A diferença é
que agora a instituição despencou para 12º lugar no ranking
das escolas de medicina, deixando todos deprê em "Grey's".
Um vislumbre de caso lésbico
continua entre duas médicas,
mas logo uma delas some do
mapa e tudo volta ao "normal".
Mas isso não é nada para os
fãs de "CSI", que chega à nona
temporada e perde dois protagonistas de uma vez.
Logo no primeiro episódio,
sai de cena o investigador bonitão Warrick Brown (Gary
Dourdan) e, lá pelo décimo episódio, acontece a anunciada
saída do protagonista Gil Grissom (William Petersen), substituído pelo dr. Langston (Laurence Fishburne).
Mesmo assim, "CSI" segue liderando noites na TV americana, com 24 milhões de espectadores. Melhor aproveitar enquanto ninguém apaga a luz.
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