São Paulo, domingo, 31 de janeiro de 2010

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TELEVISÃO

Crítica

Daniel Filho acerta a mão com tema banal da comédia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Estou longe de ser um adepto da teoria de Daniel Filho, para quem a virtude essencial de um filme é "comunicar". Sempre que tentou demonstrar essa ideia vazia, fez coisas fracas: de "A Partilha" a "Primo Basílio".
Quando, no entanto, buscou um assunto banal e vital como as relações homem/mulher, fez duas boas comédias. A mais recente é "Se Eu Fosse Você 2" (TC Pipoca, 20h; 12 anos). Não se trata de nada revolucionário. Aliás, o tema foi quase o dia a dia da comédia sofisticada americana há algumas décadas.
Isso não importa. A troca de gêneros entre marido e mulher atualiza esse veio, em vez de apenas vampirizá-lo. O que é mais desconhecido para um homem? A mulher. E para uma mulher? O homem. Essa comédia nos coloca diante da perplexidade dos personagens, quando acordam outros, mas nos desperta para muitas e cotidianas perplexidades, também.


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