|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica
Enquadramento guia "Juventude Transviada"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Já que o TCM promete a exibição do clássico "Juventude
Transviada" (22h, livre), o
aviso tem de chegar rápido: se a
exibição não for em cinemascope, é melhor mudar de canal,
ver qualquer bobagem, alugar
um DVD (do próprio filme, por
exemplo).
Nem sempre isso acontece.
Na tradição americana, dos
"contadores de história", o enquadramento é quase uma
obrigação, nunca uma arte.
Já Nicholas Ray, o diretor
deste filme, trabalha cada enquadramento com tal cuidado
que, se não for respeitado, o filme corre o risco de perder toda
a graça.
É uma oportunidade sensacional para notarmos o quanto
a história pode ser um acessório num filme. O primeiro plano dá conta desse tipo de modo
de observar as coisas.
James Dean está deitado, bêbado, no chão. Seu corpo ocupa
todo o espaço da tela, tudo está
horizontalizado, em função da
tela de cinemascope. Assim será todo o tempo: sem isso, o filme não existe.
Texto Anterior: Televisão/Variedades: "Lugar Incomum" mostra arte em NY Próximo Texto: Resumo das novelas Índice
|