São Paulo, terça-feira, 31 de março de 2009

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Crítica

Enquadramento guia "Juventude Transviada"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Já que o TCM promete a exibição do clássico "Juventude Transviada" (22h, livre), o aviso tem de chegar rápido: se a exibição não for em cinemascope, é melhor mudar de canal, ver qualquer bobagem, alugar um DVD (do próprio filme, por exemplo).
Nem sempre isso acontece. Na tradição americana, dos "contadores de história", o enquadramento é quase uma obrigação, nunca uma arte.
Já Nicholas Ray, o diretor deste filme, trabalha cada enquadramento com tal cuidado que, se não for respeitado, o filme corre o risco de perder toda a graça.
É uma oportunidade sensacional para notarmos o quanto a história pode ser um acessório num filme. O primeiro plano dá conta desse tipo de modo de observar as coisas.
James Dean está deitado, bêbado, no chão. Seu corpo ocupa todo o espaço da tela, tudo está horizontalizado, em função da tela de cinemascope. Assim será todo o tempo: sem isso, o filme não existe.


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